SE É A MERA CURIOSIDADE QUE AQUI TE CONDUZ, DESISTE E VOLTA; SE PERSISTIRES EM CONHECER O MISTÉRIO DA EXISTÊNCIA, FAZ O TEU TESTAMENTO E DESPEDE-TE DO MUNDO DOS VIVOS.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Musica, A Arte de Ouvir - 2

''Tem dias que a gente se sente 
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá...''   Roda Viva – Chico Buarque



Certa vez conversando com minha esposa sobre música, concordamos sobre uma época em que não vivemos mas sentimos o poder de quem lutou e sobreviveu a uma era negra da historia de nosso pais. O tempo da ditadura.

A Montanha Sagrada



''Há uma montanha situada no meio da terra ou no centro do mundo, que é ao mesmo tempo pequena e grande. É branda e, ao mesmo tempo, extraordinariamente áspera e resistente. Está longe e perto da mão; mas é conservada invisível pela divina Providência.


Nela se ocultam os mas avultados tesouros, cujo valor o mundo não pode calcular. Devido à inveja e à malícia. Essa montanha acha-se repleta de feras cruéis e aves vorazes, que lhe tornam o trânsito difícil e perigoso e, por isso, até agora, visto que os tempos ainda não são chegados. O caminho para ali não pode ser seguido por todos, mas só pelo homem que se eleva pelo seu próprio trabalho e estudo.

Ireis certa noite a essa montanha, quando ela se vos apresentar mais distante e escura, procurando preparar-vos pela prece. Insisti sobre o caminho que ireis ter à montanha, porém não indagueis de alguém onde se acha ela; segui unicamente o vosso guia, que vos oferecerá por si mesmo e vos encontrará no caminho. Esse guia levará a montanha à meia-noite, quando tudo estiver em silêncio e às escuras. Importa que vos armeis de um ânimo resoluto e heróico, para não vos assustardes pelo que aconteceu e não cairdes de costa. Não carecereis de espada ou de outra qualquer arma material, mas apenas deveis apelar a D-us, procurando-o sincera e cordialmente.


Quando houverdes descoberto a montanha, o primeiro prodígio que sucederá é este: uma furiosíssima ventania abalará toda montanha e porá em pedaços as rochas. Deparareis com leões, dragões e outros animais ferozes, porém não tenhais medo de qualquer deles. Sede resoluto e cuidai de não voltardes para trás, pois o vosso guia, que vos trouxe aqui, não consentirá que vos suceda mal algum. Quanto ao tesouro, ainda não está descoberto, mas isso se dará logo. Após essa ventania virá um terremoto que derrubará tudo o que a ventania poupou. Esteja seguro de que não caireis. Passado o terremoto, seguir-se-á um fogo que consumirá os escombros da Terra e descobrirá o tesouro, porém ainda não podereis vê-lo. Decorridas todas essas coisas e ao aproximar-se da aurora, haverá uma grande calmaria; vereis então erguer-se a estrela da manhã e dissiparem-se as trevas. Concebereis um grande tesouro; a coisa principal e a mais perfeita é uma certa e sublimada tintura, com a qual o mundo, se servir a D-us e se mostrar digno de tais dons, pode ser tinto e convertido no mais puro Ouro.''

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CREDO DO CRISTIANISMO - Parte 1.7

Sanctorum communionem
(A Comunhão dos Santos)

            1. (*) O conjunto de exposições sobre o Credo, feitas na Sociedade Hermética no ano passado [1884], apresentou – desde um plano interno e místico – os dogmas da fé cristã, mostrando que uma reta crença acerca dos mesmos é necessária para a salvação. E mostrando, também, que somente ao perceber nos atos da alma os atos do Cristo é que a teologia pode tornar-se uma ciência aplicada e um instrumento da graça.

            Passo a passo foram examinados os nove grandes eventos da missão de Cristo como Redentor e Senhor, iniciando com a Anunciação e concluindo com o Julgamento Final, sendo que todos esses Estágios e seus Intermediários foram apresentados como representando os vários estágios do progresso e da evolução internos ao longo da vida de santidade.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CREDO DO CRISTIANISMO - Parte 1.6

1. (*) No post anterior foram descritos os ciclos sétuplos do Rio Estige e a natureza dos mundos que as ondas da existência sucessivamente envolvem em sua corrente.

            Perséfone, a Alma Mundana, seguiu degrau após degrau, desde o ponto de sua descida à criação material, até que finalmente emergiu das moradas obscuras do Hades, como uma rainha coroada, para o dia de plena claridade.

            O triângulo inferior do Selo de Salomão – no qual todos esses processos estão simbolizados – tem tanto uma interpretação microcósmica como macrocósmica. Até o momento acompanhamos a evolução da alma do mundo no plano da natureza, passando de reino a reino, constantemente se aperfeiçoando em poder, faculdades e individualidade. Um grande sistema se desenvolveu dessa forma – um sistema repleto de ordem e razão, abrindo perspectivas de esplêndidas possibilidades, e ampliando indefinidamente o escopo do passado e do futuro da alma; mas, apesar de tudo, isso não passa de um brilhante panorama do progresso da Natureza; apenas um sistema de filosofia oculta; não uma religião feita para o espírito do homem; não uma mensagem Divina que fala ao mais íntimo de seu coração.

CREDO DO CRISTIANISMO - Parte 1.5



1. (*) O triângulo inferior é dividido pelas linhas em cruz da Árvore da Vida e da Árvore do Conhecimento, e também é dividido pela base do triângulo superior em sete estações ou mundos, representando as moradas da alma no universo comum ou objetivo. Essas moradas estão distribuídas em duas linhas, a primeira é descendente e a segunda ascendente, sendo que a série completa constitui a “Escada de Jacó” Cabalística.

            A linha que se dirige para fora, ou que descende, é centrífuga, e a que se dirige para dentro, ou que ascende, é centrípeta. A totalidade do lado direito do triângulo – aquele à esquerda de quem observa – é a estação do elemento masculino, ou “Adão”; enquanto aquele à esquerda, à direita de quem observa, é a estação do feminino, ou “Eva”.

            2. O triângulo superior, falando sinteticamente, representa o Espírito Santo, ou luz do sol celestial – a Inteligência Divina, “Binah”. Analogamente, o triângulo inferior, também sinteticamente considerado, é a Igreja Católica, que reflete esse sol, e por essa razão é denominada de lua. E Malkuth é o Reino. Mas quanto a isso, na sua forma plural, Malkuthtem uma significação dupla.

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