SE É A MERA CURIOSIDADE QUE AQUI TE CONDUZ, DESISTE E VOLTA; SE PERSISTIRES EM CONHECER O MISTÉRIO DA EXISTÊNCIA, FAZ O TEU TESTAMENTO E DESPEDE-TE DO MUNDO DOS VIVOS.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Projeção Consciente e Inconsciente

Texto de Lázaro Freire, da lista Voadores.
Todos nos projetamos, mas nem sempre temos a consciência do processo. É comum nosso corpo espiritual sair, mas nossa lucidez se manter baixa, o que faz que, ao voltarmos ao corpo, a saída do corpo seja às vezes lembrada como imagens simbólicas, confundíveis com sonhos.
Mais frequente ainda é nos projetarmos, até com boa lucidez, mas depois da saída (em geral na fase delta do sono) entrarmos em outras fases, sonharmos, e a partir daí encobrirmos a experiência. Ainda assim, a informação fica absorvida de forma inconsciente, podendo, dependendo do caso, gerar “intuições” ou rememorações ao longo do dia, ainda que nem sempre associemos a uma experiência projetiva anterior.

Boa parte do esforço dos projetores mais experientes concentra-se não na saída em si, mas nas técnicas de rememoração, altamente eficientes, e na melhora do metabolismo visando uma atividade mais consciente. Dentre elas, é recomendado:
- Anotar todos os sonhos e projeções em um caderno
- Evitar alimentos pesados, especialmente à noite
- Evitar dormir com timer e/ou TV ligada
- Não ingerir aceleradores do metabolismo à noite (guaraná em pó, bebidas com cafeina, etc)
- Não cobrir a cabeça, evitando inalação de gás carbônico
- Procurar dormir de lado ou de barriga para cima
- Ler sobre o assunto, especialmente à noite, para que a mente considere normal e não mascare a experiência
- Fazer práticas que ativem os chakras laríngeo e frontal
- Dormir de forma confortável
- Preservar o quarto como local para dormir, estudar ou amar, zelando pela egrégora do local
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SINTOMAS PROJETIVOS:
Cada pessoa pode ou não apresentar sinais característicos de uma facilidade projetiva. Note que há projetores que não tem um ou vários dos sintomas:
- Catalepsia projetiva: sensação de imobilidade noturna, acordando abruptamente a seguir
- Balonement: sensação de expansão da aura, como se o corpo inchasse
- Ruidos intracranianos: estalos no interior do cérebro, provavelmente relativos ao desenvolvimento da pineal
- Estado Vibracional: choques que parecem percorrer o corpo espiritual, ligeiramente desconfortáveis, acompanhados de intensa vibração
- Flutuações e quedas abruptas: sensação de estar flutuando, em relaxamentos ou sono, em geral com uma ligeira queda no reencaixe no corpo.
- Deslocamento na reentrada : sensação de acordar com referência equivocada da posição das janelas e portas do quarto, como se reencaixado inadequadamente no corpo ao “acordar” – corrigindo a “posição” relativa aseguir.
Além dessas evidências relativas ao corpo espiritual, há sinais menores que ocorrem em períodos projetivos, ainda que não rememorados. Dentre eles, maior incidência de sincronicidades, fortes sensações de deja vu, pequenos “estados vibracionais” ocorrendo durante o dia, maior contato com amparadores (e/ou intuições inspiradas por eles) na vigília, ativação mais frequente do chakra frontal e maior incidência de fenômenos mediúnicos. Note que nenhum destes caracteriza, por si, a existência de projeções não relembradas, mas são quase todos presentes quando estas estão ocorrendo.
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MECANISMOS
Em linhas gerais, a projeção astral se dá sempre que a consciência torna-se mais ativa que o estado de ondas cerebrais. Ou seja, é como se consciência e atividade cerebral andassem juntas na maior parte do tempo. Adormecemos e “apagamos” ao mesmo tempo que nossas ondas cerebrais caem. Ao começarmos a sonhar, o cérebro também acompaha: entramos numa fase chamada REM (Rapid Eyes Movement) ou “Sono Paradoxal”, na qual nosso estado onírico de quase lucidez é acompanhada por uma atividade cerebral mais intensa, porém ainda inferior à da vígilia. E agora, acordados, estamos tanto com consciência quanto com o cérebro desperto. Esta espécie de “sintonia vibracional” constante mantém os corpos físico e espiritual (psicossoma, corpo psíquico, corpo astral) unidos.
Se o corpo físico tem morte cerebral, porém, o espírito evidentemente se despreende. Mas existem estados intermediários ou alterados de consciência onde o cérebro diminui sua atividade, mas a consciência se mantém um pouco mais ativa. A consequência será uma saída natural, porém temporária. Após um tempo relativamente curto, o espírito volta ao corpo rapidamente, assim que as ondas cerebrais aumentam – por “alarmes” externos, metabolismo ou fases do sono.
Imagine, assim, um exercício de relaxamento – ou uma palestra enfadonha. Em seu esforço para manter a atenção, a consciência se mantém parcialmente desperta, enquanto o metabolismo cai, o cérebro entra em estado de ondas “alfa”, no estado alterado de hipnagogia (cochilo). A consequência dessa pequena diferença entre atividade cerebral e consciencial, tentando se encontrar para se manter desperto, será uma ligeira desconcidência entre corpos físico e espiritual. Daí não raro a sensação de pequena “queda”, como se flutuassemos a alguns centímetros da cadeira.
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(c) Lázaro Freire – http://www.voadores.com.br

A Nuvem sobre o Santuário – Carta 3

Por Karl von Eckartshausen.
A verdade que se encontra no mais íntimo dos mistérios, é semelhante ao Sol; só é permitido ao olhar da águia (a alma do homem capaz de receber a luz), fixá-lo. A visão de outro qualquer mortal é ofuscada e a penumbra o envolve na própria luz.
Jamais a sublime “qualquer coisa” que está no mais íntimo dos santas mistérios se ocultou ao olhar da águia, daquele que é capaz de receber a luz.
Deus e a natureza não têm mistérios para seus filhos. O mistério existe somente na fraqueza do nosso ser, incapaz de suportar a luz, e ainda sem preparo para vislumbrar em toda sua pureza a verdade nua.
Esta fraqueza é a nuvem que cobre o santuário; o véu que oculta o Santo dos Santos.
Mas para que o homem pudesse recuperar a luz, a força e dignidade perdidas, a divindade amante abaixou-se à fraqueza de suas criaturas e escreveu as verdades e os mistérios interiores e eternos, no exterior das coisas, a fim de que o homem pudesse elevar-se por elas até o espírito.
Estes textos são as cerimônias ou o exterior da religião, que conduz ao espírito interior de união com Deus, ativo e cheio de vida.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Montanha e Musashi Kensei


A montanha, junto com a pedra (forma reduzida desta) e a árvore, com que se encontra associada, é um símbolo natural do “Eixo do Mundo”. Por ser na realidade uma elevação ou protuberância da terra, a estrutura imaginal do homem sagrado vê na montanha um símbolo da sua própria natureza, que aspira verticalmente para o superior ou celeste. 
Estive metido em minhas leituras, e no meu mangá - até agora - favorito, notei uma coisa que o autor colocou. E, digo, sempre é bom reler várias vezes livros e tudo mais, com o passar do tempo você pode enxergar muito mais coisa... Pois bem, na história contada em Vagabond, o personagem principal Myiamoto Musahi, enfrenta um duelo intelectual, espiritual, uma batalha de KI, entre ele mesmo, seu ego, sua voz interior, e a presença gigantesca de Yagyu Sekishusai, um mestre na arte da espada, o qual Myiamoto esperava derrotá-lo e assim conseguir se tornar forte e reconhecido.




A Nuvem sobre o Santuário – Carta 2

Por Karl von Eckartshausen.
É necessário, meus caríssimos irmão no Senhor, dar-vos uma idéia pura da Igreja interior, desta “Comunidade Luminosa de Deus”, que está dispersada através do mundo; mas que é governada pela verdade e unida pelo espírito.
Esta comunidade da luz existe desde o primeiro dia da criação do mundo, e sua existência permanecerá até o último dia dos tempos.
Ela é a sociedade dos eleitos que distinguem a luz nas trevas, separando-a em sua essência.
Esta comunidade da luz possui uma escola na qual o próprio Espírito de Sabedoria instrui àqueles que têm sede de luz; e todos os mistérios de Deus e da natureza são conservados nesta escola pelos filhos da luz. O conhecimento perfeito de Deus, da natureza e da humanidade, são os objetos do ensinamento desta escola. É dela que todas as verdades vêm ao mundo; ela foi a escola dos profetas e de todos aqueles que procuram a sabedoria; e é somente nesta comunidade que se encontra a verdade e a explicação de todos os mistérios. Ela é a comunidade mais íntima e possui membros de todo o universo, eis as idéias que se podem ter dela. Em todos os tempos, o exterior tinha por base um interior do qual não era mais do que a expressão e o plano.
Assim é que, em todas as eras, existiu uma assembléia íntima, a sociedade dos eleitos, a sociedade daqueles mais capazes para a luz e que a procuravam; esta sociedade íntima era chamada o Santuário interior ou a Igreja interior.

A Nuvem sobre o Santuário – Carta 1

O nosso século é de preferência a qualquer outro o mais notável para o observador imparcial e sereno. Por toda parte existe fermentação tanto na alma como no coração do homem; encontra-se a cada passo o combate da luz e das trevas, de idéias mortas e idéias vivas, da vontade morta e inerte com a força viva e ativa; se vê por todo lado enfim, a guerra entre o homem animal e o homem espiritual que desperta.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

99 Nomes de D'us



1. A o-Ahad O Único
2. Ar-Rahman O Mais Misericordioso
3. Ar-Raheem O Mais Compassivo
4. A o-Malik O Supremo Soberano
5. A o-Quddus O Mais Santo
6. As-Salam A Fonte de Paz
7. A o-Mu'min O Dador de Fé, Protecção e Segurança
8. A o-Muhaimin O Protector e Guardião
9. A o-Azeez O Incomparável e sem paralelo
10. A o-Yabbar O Comandante
11. A o-Mutakabbir O Supremo em Orgulho e Grandeza
12. A o-Khaliq O Criador
13. A o-Bari O Administrador e Hacedor
14. A o-Musawwir O Forjador
15. A o-Ghaffar O Muito Perdonador
16. A o-Qahhar O Dominador
17. A o-Wahhab O Dador de Tudo
18. Ar-Razzaq O Provedor e Sustentador
19. A o-Fattah O Sustentador
20. A o-Aleem O Omnisciente



21. A o-Qabid O Despojador
22. A o-Basit O Que Dá Abundantemente
23. A o-Khafid O Que Dá Humildad
24. Ar-Rafi' O Exaltado
25. A o-Mu'izz O Dispensador de Honras
26. A o-Mudhill O Que Humilha
27. As-Sami' O Que Escuta tudo,O Oyente
28. A o-Baseer O Veedor de tudo
29. A o-Hakam O Juiz
30. A o-Adl O Justo
31. A o-Lateef O Subtil
32. A o-Khabeer O Todo Pendente
33. A o-Haleem O Paciente
34. A o-Atheem O Magnífico
35. A o-Ghafur O Perdonador e O que esconde as faltas
36. Ash-Shakur O Que Recompensa o Agradecimiento
37. A o-'Ali O Maior
38. A o-Kabir O Verdadeiro Grandioso
39. A o-Hafith O Preservador
40. A o-Muqeeth O Mantenedor
41. A o-Haseeb O Considerado
42. A o-Jaleel O Poderoso
43. A o-Kareem O Generoso
44. Ar-Raqeeb O Observador
45. A o-Mujeeb O Respondedor
46. A o-Wasi O todo Comprensivo
47. A o-Hakeem O Sabio
48. A o-Wadud O Digno de Ser Amado
49. A o-Majeed O Majestuoso
50. A o-Ba'ith O Resurrector
51. Ash-Shahid A Testemunha
52. A o-Haqq O da Última Verdade
53. A o-Wakeel O Digno e Último de Confiança
54. A o-Qawi O Poseedor de toda a Força
55. A o-Matin O Firme
56. A o-'Walee O Governador
57. A o-Hameed O Que Vale a pena
58. A o-Muhsi O Calculador
59. A o-Muhyi O Dador de Vida
60. A o-Mubdi O Originador
61. A o-Mueed O Restaurador
62. A o-Mumeet O Tomador de Vida
63. A o-Hayy O Por Sempre Vivente
64. A o-Qaiium O Existente por Si Mesmo
65. A o-Wahid O Que É Único
66. A o-Majid O Glorificado
67. A o-Wajid O Fundador Sem Necessidades
68. As-Samad O Satisfactor de toda a Necessidade
69. A o-Qadeer O Todo Poderoso
70. A o-Muqtadir O Dador de Poder sobre as Coisas
71. A o-Muqaddim O Que Causa Avanço
72. A o-Mu'akhir O Que Causa Atraso



73. A o-Awwal O Primeiro
74. A o-Akhir O Último
75. Ad-Thahir O Manifestado
76. A o-Batin O Oculto
77. A o-Wali O Que Tem Cargo sobretudo
78. A o-Muta'ali O Mais Altamente Exaltado
79. A o-Barr O Benéfico
80. At-Tawwab O Que Aceita o Arrepentimiento
81. A o-Muntaqim O Vingador
82. A o-Afu O Perdonador
83. Ar-Ra'ufa O Mais Compassivo
84. Malik A o-Mulk O Poseedor de Tudo
85. Dhul-Jalal Wal-ikram O Senhor Da Majestuosidad e a Generosidad
86. A o-Muqsit O Provedor de Equidad
87. A o-Jami O Recogedor
88. A o-Ghani O Independentemente Rico
89. A o-Mughni O Enriquecedor
90. A o-Mani' O Que Previne o Dano
91. Ad-Darr O Criador Do que faz Dano
92. An-Nafi' O Criador do Bom
93. An-Nur A Luz
94. A o-Hadi O Criador Da Guia
95. A o-Badi O Originador da Criação
96. A o-Baqi O Sempre Eterno
97. A o-Warith O Último Heredador
98. Ar-Rasheed O Maestro Correcto
99. As-Sabur O Paciente


Islã, Cristianismo, Ismos, judeus, Jesus, Maomé e um café pra meditar



Li um artigo falando sobre questões religiosas, antes de vocês lerem deixem explicar meu ponto de vista. 
Tenho 28 anos, e desde cedo sempre em interessei por questões de ocultismo, mas minha caminhada para desvendar os mistérios ainda é breve, mas sempre acreditei que somos todos Um. Por isso não posso questionar nada, nem ninguém por sua opção religiosa, espiritual ou o quer que seja para atingir o máximo da divindade em Si e fora de si. Nunca entendi tanto ódio entre seres por questões religiosas, todos os ensinamentos de amor são postos de lado. Ai em baixo tem um texto que fala mais ou menos uma noção do Todo. Depois de ler esse ai sim vem o texto que quero colocar em questão, sobre diferenças religiosas, será que um dia teremos realmente a paz entre irmãos e não nos agrediremos por não aceitar um ao outro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O guardador de rebanhos - VIII - Fernando Pessoa

O guardador de rebanhos - VII


Fernando Pessoa


Num meio dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra,
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.



Tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras,
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem





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