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segunda-feira, 19 de abril de 2010

VESTIMENTAS - vestes sacerdotais


D'us ordena consagrar os cohanim com vestes sacerdotais
D'us disse a Moshê: "Diga a seu irmão, Aharon: D'us te escolheu para que sejas o Sumo Sacerdote, responsável pelo serviço de D'us no Tabernáculo. Teus filhos e seus descendentes serão cohanim que cumprirão Meu serviço."
D'us também comunicou a Moshê: "O Sumo Sacerdote e os cohanim devem usar adornos especiais durante o serviço. Os adornos do Sumo Sacerdote serão extremamente belos, mais do que as vestes de qualquer rei. Serão vestes iguais às trajadas pelos Anjos Ministros no Céu. Quando os judeus virem os cohanim com trajes de glória e esplendor compreenderão que são pessoas especiais e os tratarão com respeito. Estes adornos também recordarão aos próprios cohanim que são diferentes. Isto os ajudará a servir melhor a D'us."





(Glória advém à pessoa por causa das habilidades concedidas por D'us, enquanto esplendor refere-se ao respeito que granjeou através de suas próprias realizações. As vestimentas significavam ambos: a glória devida aos cohanim como resultado de sua nomeação como servos de D'us e o esplendor espiritual resultante de seus próprios esforços.)
O fato de que os cohanim só poderiam realizar o serviço trajando as vestimentas indicava santidade de seus atos. Isto nos ensina que quando um judeu reza ou cumpre uma mitsvá deve ser cuidadoso no vestir, e conduzir-se com dignidade e respeito perante D'us.
Mesmo as nações do mundo perceberam que estas vestes eram trajes de distinção.
O rei Achashverosh fez um banquete que durou cento e oitenta dias, a fim de demonstrar sua grandeza e poder. A cada dia do banquete, revelava diferentes tesouros aos olhos do povo. Dentre outros itens valiosos, também mostrou as vestes e adornos do Sumo Sacerdote. O rei Nevuchadnêtsar (Nabucodonosor) levou-os à Babilônia quando destruiu o Templo Sagrado, e desde então, foram cuidadosamente preservados nos tesouros reais da Babilônia.
Todos os judeus foram comandados a contribuir com material para as vestes sacerdotais. A tarefa de tecê-los poderia ser preenchida por qualquer homem ou mulher sábios, cujo coração estava pleno de temor aos Céus.
As vestes dos cohanim

O sacerdote comum tinha quatro vestes e o Sumo Sacerdote tinha oito adornos.
As vestes do cohen comum eram:

1 - Uma camisa comprida
2 - Calças
3 - Um cinturão
4 - Um turbante

O Sumo Sacerdote também usava estes trajes, exceto o turbante. Enquanto o turbante do cohen comum apontava para cima, o turbante do Sumo Sacerdote era redondo.
Os adornos do Sumo Sacerdote:

1 - Uma camisa comprida
2 - Calças
3 - Um cinturão
4 - Um chapéu diferente do turbante do cohen comum
Além dos itens acima, o Sumo Sacerdote trajava quatro vestes de ouro. Eram elas:
5 - Uma placa que cobria o peito
6 - Um manto
7 - Um avental
8 - Uma faixa para a cabeça
A única parte do corpo de todo cohen que permanecia descoberta eram os pés.
A Torá ordena que o cohen cumpra o seu serviço descalço, posto que o piso de terra do Tabernáculo e as pedras do piso do Templo Sagrado eram santas e D'us desejava que os pés dos cohanim tocassem o solo.
Mais detalhes a respeito das vestimentas sacerdotais

SACERDOTE COMUM
A camisa longa A camisa longa era feita de linho branco e chegava até as plantas dos pés.
O cinturão
O cohen usava o cinturão por cima da camisa. O cinturão era muito longo - cerca de 19 metros - e dava muitas voltas ao redor da cintura do cohen. Era feito de tela colorida.
As calças
As calças eram curtas e feitas de linho branco.
O turbante
Ao redor da cabeça do cohen colocava-se uma cinta de linho branco que dava muitas voltas até formar um chapéu que terminava em ponta.
SUMO SACERDOTE
O Sumo Sacerdote, como o cohen comum, usava uma camisa longa, um cinturão e calças. Vestes adicionais:
O turbante
O turbante do Sumo Sacerdote também era feito de uma tira de tela branca e enrolado ao redor da cabeça, mas era chato na parte superior.
O manto
O manto era feito de lã azul. Da parte inferior pendiam sinos de ouro. Entre cada dois dos sinos havia adornos de lã, de aspecto semelhante a romãs. Quando o Sumo Sacerdote caminhava, os sinos tilintavam. Os sinos soavam para anunciar a chegada do Sumo Sacerdote no Tabernáculo, e sua saída deste.

Por que o manto tinha sinos?
D'us tinha várias razões para ordenar que se colocassem campainhas ao redor do manto.
• As campainhas serviam de lembrança ao próprio Sumo Sacerdote. Quando escutava o tilintar, compreendia quão importante era a sua função e dava o melhor de si para cumprir
todas as partes do seu trabalho cuidadosamente, com os pensamentos adequados.
• As campainhas também ajudavam o povo de Israel. Quando escutavam o tilintar, sabiam que o Sumo Sacerdote estava fazendo o serviço Divino, e participavam orando neste momento.
Aprendemos do fato de que a entrada do Sumo Sacerdote era anunciada, que a pessoa não deve entrar em sua própria casa inesperadamente. Infere-se, então, que logicamente não se deve irromper na casa de terceiros, mas sim, bater, tocar a campainha ou indicar sua chegada de alguma outra maneira.

A faixa usada na testa
Antigamente todos os judeus usavam tefilin o dia todo. Além de usar tefilin, o Sumo Sacerdote também usava o tsits na sua fronte. O tsits era uma faixa de ouro na qual estavam gravadas em relevo as palavras: "Santo para D'us", (a palavra D'us estava escrita com quatro letras Y-H-V-H). Era atada à cabeça através de três fitas azuis-celeste.
Uma vez que a faixa possuía alto grau de santidade, o Sumo Sacerdote tinha de comportar-se com o devido respeito ao portá-lo. Não lhe era permitido desviar a atenção do fato de que estava levando o Nome Divino em sua testa.
O comportamento do Sumo Sacerdote enquanto portava a faixa constitui uma importante lição para nós, enquanto colocamos tefilin. Ao usar a faixa, o cohen tinha de concentrar-se constantemente no Santo Nome de D'us. Alguém que está com tefilin, no qual o Nome Divino aparece numerosas vezes, certamente não pode desviar os pensamentos deste.
A faixa era tão sagrada que fazia todo o judeu que a olhasse sentir-se envergonhado de suas falhas. Então, quando o Sumo Sacerdote usava a faixa, isto era um mérito para o povo judeu. D'us perdoava seus pecados, pois a faixa os ajudava a se aprimorarem.

O avental
O efod (avental) era multicorido, magnificamente tecido, e tinha aspecto parecido a de um avental. Em lugar de cobrir a frente e ser amarrado atrás, o Sumo Sacerdote o prendia por trás e o amarrava adiante.
Na parte posterior era seguro por meio de duas alças que passavam por cima dos ombros até a frente. Em cada alça havia uma pedra preciosa incrustada, sobre a qual estavam gravados os nomes de seis tribos. Os nomes das outras seis tribos apareciam sobre a outra pedra preciosa.
Na frente, as duas alças sobre os ombros estavam presas a duas fivelas de ouro, das quais pendia a placa peitoral.
A placa sobre o peito
A placa sobre o peito era feita de um material belamente tecido. Era quadrada, e se dobrava ao meio, de tal modo que formava um bolso.
Neste bolso, encontrava-se um pergaminho, conhecido com urim vetumim no qual estava escrito o Inefável Nome de D'us.
Como o urim vetumim era santo, a placa era a mais importante de todos os adornos (assim como a arca era o mais importante de todos os objetos do Tabernáculo e Templo Sagrado).

As pedras preciosas da placa peitoral
D'us ordenou que se pusessem doze pedras preciosas engastadas sobre o material tecido do peitoral. Sobre cada pedra estava escrito o nome de uma das doze tribos.
Além desses nomes as pedras possuíam também as seguintes palavras na placa peitoral: "Avraham, Yitschac, Yaacov, Shivtê Yeshurun." Estas palavras adicionais estavam distribuídas sobre todas as gemas, de tal maneira que cada pedra tinha o total de seis letras.
Assim, todas as letras do Alef-bet estavam incluídas na placa. Porque a placa deveria conter todas as letras possíveis? Quando o povo de Israel precisava consultar D'us sobre assuntos importantes, essas letras se iluminavam, formando sentenças, a fim de transmitir a resposta de D'us.
A placa portava os nomes de nossos patriarcas e das tribos, para servir como lembrete do mérito de nossos grandes antepassados e o das tribos. As quatro colunas aludem ao mérito de nossas quatro matriarcas. Esses méritos auxiliavam o Sumo Sacerdote a obter expiação para o povo judeu.
Enquanto o Sumo Sacerdote usava a placa, não podia em nenhum momento esquecer o povo judeu. Tinha-os presentes (simbolizados pelos nomes das tribos) enquanto cumpria o serviço Divino. Ao rezar, pedia a D'us que os ajudasse e os abençoasse.





Como as pedras foram cortadas
As duas pedras preciosas das alças do avental e as doze pedras preciosas da placa deviam ser cortadas de um certo tamanho. Porém D'us proibiu que se usasse uma faca ou qualquer outro instrumento de metal para cortar essas pedras. As pedras incrustadas deveriam ser perfeitas, sem que faltasse a menor lasquinha sequer. Portanto, as letras sobre as gemas não poderiam ser gravadas através de instrumentos ou ferramentas, pois isto faria com que as gemas ficassem ligeiramente lascadas.
Como então, poderiam ser cortadas?
Moshê sabia que D'us havia criado na véspera do primeiro Shabat dos seis dias da Criação um inseto, pequeno como um grão de cevada, que possuía a maravilhosa habilidade de cortar qualquer material, inclusive a mais dura rocha, simplesmente passando por cima. Este inseto surpreendente se chamava shamir.
Moshê ordenou que se trouxesse o shamir. Os nomes das tribos foram escritas à tinta sobre as gemas. O shamir foi passado pelas pedras preciosas, e estas se cortaram exatamente sobre a linha marcada pelo artesão.
Quando o Templo Sagrado foi destruído, o shamir desapareceu.
Urim vetumim, o pergaminho contendo o Nome de D'us embutido na placa
Como mencionamos anteriormente, a placa peitoral foi feita de tal modo que era dobrada ao meio, formando um bolso. Neste bolso Moshê inseriu um pergaminho sobre o qual escreveu o Nome Indizível de D'us composto de setenta e duas letras.
Este nome fazia com que certas letras gravadas sobre as pedras preciosas se acendessem em resposta às questões que lhe eram perguntadas.
O nome urim vetumim significa:
Urim - as letras se acendiam (da raiz 'or', luz)
Tumim - sua resposta era final e inalterável (derivado de 'tam', perfeito)
Por isso, a placa peitoral além de ser chamada simplesmente de chôshen era também conhecida como 'Chôshen Mishpat' (mishpat - sentença), uma vez que a decisão final sobre cada assunto duvidoso era alcançada através da iluminação das pedras.
Apenas assuntos referentes ao rei, ao tribunal ou ao povo judeu como um povo poderiam ser consultados através das pedras. Não era permitido questioná-las para propósitos particulares.
O questionador costumava ir ao Sumo Sacerdote, que portava os urim vetumim. O Sumo Sacerdote voltava sua face em direção a arca (sobre a qual a Divindade pairava), e o inquiridor, de pé atrás dele, tinha de perguntar a questão em voz baixa, no tom de quem está rezando. O Sumo Sacerdote era então inspirado pelo espírito Divino. Ao olhar para as letras da placa que se acendiam, podia combiná-las corretamente e decifrar a resposta de D'us.
Os urim vetumim foram consultados pelo povo de Israel durante o período bíblico. Pararam de funcionar com a destruição do primeiro Templo Sagrado.
Aharon recebeu o privilégio de portar o nome Divino sobre seu coração como recompensa por sua felicidade, ao ouvir que seu irmão menor Moshê fora escolhido como líder para redimir o povo judeu. D'us disse: "Que o coração que não sentiu inveja porte a placa contendo o Meu Nome"




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