Quais são os benefícios de uma vida vegetariana do ponto de vista mágico?
Vegetais e frutas são considerados sattívicos ou puros. A carne é considerada rajásica ou perturbada. A carne tornará mais difícil controlar a mente. Estatisticamente, também leva a doenças mais frequentemente. Alimentos apimentados são rajásicos também, e também a carne mais velha, como a usada em “mexidos”. Esse tipo de carne é tamásica e causa preguiça. A carne também leva à preguiça mais frequentemente, e pode excitar a mente para a ira mais facilmente. Os carnívoros argumentarão sobre isso, mas um simples fato é que, se eles observassem uma dieta vegetariana por até só uma semana eles veriam uma boa mudança na consciência e na atenção. A carne excita a mente e pode torná-la facilmente inadequada para a concentração. Essa é a razão da Yoga para não se comer carne.
A versão ocultista é um pouco mais longa e se segue:
Os minerais contêm apenas um corpo denso e a raiz de uma alma, que não é contida no corpo denso. Os seus corpos etérico, astral e mental são permeados pelo Universo. Eles não pertencem ao próprio mineral. As plantas possuem seu próprio corpo físico/denso e um corpo etérico. Percebendo como o corpo astral e a mente são os únicos lugares do “ser” numa coisa, as plantas não são infundidas com emoções e experiências ou memórias do mesmo modo que os animais são. Animais contém um corpo denso, um corpo etérico e um corpo astral. Aí está o grande problema em se comer carne regularmente de uma perspectiva ocultista. Quando você come a carne, especialmente se não foi drenada de todo o sangue para se tornar mais enxuta, você está comendo um corpo denso que foi permeado por emoções, enquanto o sangue contém partes do ego ou ser do animal.
Portanto, seu próprio corpo tem de trabalhar muito mais para digerir carne, porque além do difícil processo de digestão densa, o corpo astral tem de digerir sua energia também, que é geralmente não pura ou desejável. Quanto mais inteligente é um animal, é mais difícil para o seu corpo astral consumir. Um peixe é consumido bastante facilmente, porque tem sangue frio e, portanto, seu ego está fora do corpo físico do peixe e quase totalmente controlado externamente. Animais de sangue quente contêm o ego dentro da casca física, portanto qualquer animal de sangue quente tem de ser julgado de acordo com sua inteligência. Embora haja exceções, geralmente, entre animais de sangue quente, a galinha seria a primeira escolha e deveria realmente ser a única escolha. Qualquer carne vermelha que seja deveria ser evitada, especialmente durante os estágios iniciais de treinamento antes de a mente se tornar totalmente estabelecida em consciências mais elevadas. Geralmente, a respeito de carne, eu aconselho que meus estudantes só comam peixe, e ocasionalmente galinha se a Vontade deles não é forte o suficiente para uma dieta vegetariana no início.
Dito isso, a completa renúncia de carne não é requerida para a prática espiritual. Porém, o aspirante deveria usar todas as ferramentas possíveis nos primeiros anos de treinamento, e uma dieta vegetariana é uma ferramenta muito poderosa. A mente é muito difícil de treinar. Eu tenho alguns estudantes cujas mentes são mais fáceis de domar e portanto eles não precisam de seguir tais regras tão rigorosamente, enquanto eu tenho outros estudantes dos quais eu requiro Observação de Silêncio, Jejuns, Celibato etc porque eles precisam toda a ajuda possível para domarem suas mentes. Nenhuma magia pode ser executada sem o controle da mente, e nenhuma realização é possível num nível permanente sem esse controle. - VEOS
A maioria do pessoal está prezo ao conceito de que ser vegetariano é comer somente folhas. E pode ter certeza de que não é. Tirando vários pratos feitos com legumes, verduras, temos complementos de frutas e proteinas de soja. Pratos variados e que nos satisfazem de forma bem saudavel.
Resposta de AGAMENOM a um usuário do Blog Bardonista:
Você deve manter um pensamento em mente: o de que Franz Bardon escreveu o livro de uma forma bastante flexível, de modo que a maior quantidade de pessoas possível usasse o livro. Ou seja, ele "suavizou" o seu próprio sistema mágico.
De fato, o vegetarianismo não é imprescindível para os exercícios mágicos, ainda mais em estágios posteriores de treinamento, quando o iniciado já dominou seus desejos inferiores, mas, no início do treinamento, principalmente nos Graus I a VIII, é uma ferramenta muito benéfica. Primeiro porque o consumo de carne vermelha torna a digestão muito mais difícil, causando um redirecionamento do fluxo do sangue para o estômago, causando um estupor e cansaço físico mais facilmente. Experimente uma refeição recheada de carne vermelha num dia, e noutro dia uma refeição mais leve, sem carne alguma. Você notará a diferença na sua disposição e na sua energia. Segundo, o corpo astral precisa digerir a energia astral animalesca contida na carne morta, e essa digestão de energia também é bastante difícil, redirecionando as energias que poderiam ser usadas no controle e no silenciamento da mente para uma digestão energética desnecessária, já que a carne não é a única fonte de proteínas. Assim, por exemplo, se compararmos uma pessoa que come carne vermelha frequentemente e tem um estilo de vida autodestrutivo a uma pessoa que não come carne vermelha e tem um estilo de vida mais saudável, a primeira levaria muitos meses ou até mesmo anos para conquistar a sua mente no Grau I, enquanto que a segunda pessoa conquistaria sua mente com mais facilidade, mais rapidez e menos esforço, e talvez com muito mais sucesso e domínio que a primeira pessoa.
A energia digerida através da carne contém uma grande carga de emoções e de impulsos animais, o que, de certa maneira, desequilibra o corpo mental e astral daquele que a consome. Essa assimilação da energia animal contida na carne não transforma o caráter do indivíduo em um caráter mais animalesco, como bem disse Bardon, mas deixa a pessoa mais irritadiça, mais descontrolada (mentalmente falando), e, como resultado final, menos saudável em todos os níveis, seja material, astral ou mental.
Eu, particularmente, não como carne vermelha alguma, nem carne de frango. Eu me esforço para contrabalançar a falta de proteínas com laticínios e muitos ovos, e tenho obtido sucesso até agora, sem perda de peso ou de energia, ou problemas de saúde. Uma ou duas vezes por mês eu como carne de peixe, como um adicional protéico. Eu sou ovolactovegetariano porque, além de ficar convencido pela explicação mágica do consumo de carne vermelha e de seus efeitos, não acredito que consumir carne morta seja um ideal desejável para alguém que esteja desejando a união com Deus. Eu firmemente acredito que, na medida em que o pensamento e a evolução da humanidade progridem, o consumo de carne morta de animais desaparecerá. Em épocas mais remotas e mais grosseiras, é razoável o fato de que o consumo de carne foi necessário e condizente com a evolução da humanidade. Contudo, na medida em que entramos no segundo milênio, com tanta informação nutricional disponível e o simples fato de que existem outras fontes de proteína na natureza, não vejo razão para esse comportamento carnívoro. Uma explicação possível à insistência numa alimentação carnívora é a de que a carne causa um prazer maior aos sentidos do que outros alimentos, e a humanidade do século 21 está apegada demais a esse prazer gustativo para abandoná-lo de vez. Assim, a satisfação dos prazeres terrenos subjuga a razão intelectual, um problema generalizado no poço sombrio de materialismo que é o planeta Terra nos anos 2000.
Sinceramente, não consigo imaginar uma sociedade humana futura altamente desenvolvida, intelectual, espiritual e tecnologicamente, matando e consumindo carne de animais em processo de decomposição, considerando-se a abundância de minerais e nutrientes disponível em plantas, vegetais, legumes e em outros alimentos fornecidos pela Natureza.
Abraço.
Tirado do Bardonista
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SE É A MERA CURIOSIDADE QUE AQUI TE CONDUZ, DESISTE E VOLTA; SE PERSISTIRES EM CONHECER O MISTÉRIO DA EXISTÊNCIA, FAZ O TEU TESTAMENTO E DESPEDE-TE DO MUNDO DOS VIVOS.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Práticas Mágicas Diárias
Na época em que eu escrevi este artigo (Daily Magic Practices I), havia só um pequeno número de aspirantes verdadeiramente devotados procurando progresso espiritual. O resto estava lá para receber teoria intelectual, e nem tantos o queriam. Dessa maneira, a comunidade estava mais interessada em exercícios ocidentais tradicionais, e, portanto, eu dei algumas variações únicas de técnicas tradicionais da Golden Dawn e técnicas rosacruzes para as pessoas praticarem com segurança, e serem capazes de ver progresso real. No ano passado, porém, eu fiquei surpreso por causa de um número impressionante de pedidos por um nível de prática mais profundo que pudesse garantir um desenvolvimento mais completo para alguém que está mais seriamente inclinado para seu caminho espiritual. Eu estive guiando essas pessoas numa base individual, mas a demanda cresceu além de minha capacidade, com a quantidade de tempo que eu tenho, e, portanto, eu resolvi publicar uma prática diária verdadeiramente sólida e progressiva para aqueles que desejam levar sua dedicação a um nível maior.
Aqueles de vocês que possuem um professor legítimo e um guia pelo caminho só devem alterar sua prática diária com a permissão dele ou dela. Eu forneço isto como uma sugestão positiva para começar bem seu progresso espiritual, mas isto é tudo muito geral. Se o seu instrutor for bom e corretamente treinado, ele saberá o que você deveria praticar ou não muito mais do que você. Algumas pessoas podem ser permitidas a praticar japa, mas ainda não pranayama, ou talvez praticar controle do pensamento e controle do corpo, mas não ainda a adição da devoção diária. Tudo isso dependerá de seu caráter, o qual será discernido por qualquer bom professor, e, portanto, você deve considerar o conselho dele. Em geral, porém, o que eu darei aqui deve ser suficiente para a maioria das pessoas, se elas se dedicarem.
Eu tenho dito frequentemente aos meus estudantes e àqueles que me encontram que a inação e a inconsistência são dois venenos letais à perseguição da realização mágica. Alguém que deseja ser um mago não pode ficar contente com mera inquisição filosófica e especulação. Ele deve por sua mente para funcionar e cultivar sua alma, coisa que só pode ser feita nos fogos da prática rigorosa. O mundo não tem utilidade para pessoas que criam ideias quietamente, mas nunca fazem nada a partir delas; é como se essas pessoas estivessem mortas. Todas as boas intenções do mundo não podem lhe tornar um mago. Uma boa pessoa, talvez, mas não um bom mago. A mente indisciplinada deve ser forçada a um hábito de prática regular, até que esta se torne agradável, e só então progresso real é visto.
Não permita a sua mente, frequentemente fraca, a lhe convencer de alguma desculpa para não praticar. Não existe ninguém que não possa praticar, e não existe nenhuma razão legítima para não fazê-lo. Até dez minutos por dia, se feitos com consistência, permitirão bom progresso. Você não é tão ocupado assim! Não ouça às desculpas de seu ser inferior, mas lute contra elas veementemente. Eu sou uma pessoa muito ocupada. Às segundas, quartas, sextas e sábados, meu dia de trabalho começa às 06:45 aproximadamente e termina mais ou menos às 22:00. Às terças e quintas, eu trabalho pelo menos oito horas. Além disso, eu tenho uma rotina diária de exercícios físicos, para continuar efetivo nas artes marciais, tenho um grupo de estudantes pessoais que frequentemente precisam da minha atenção e direção, estou escrevendo três livros e várias centenas de páginas de material para aulas organizadas posteriormente, tento me manter atualizado com os cinco ou seis e-mails eu recebo de pessoas todos os dias aqui no Veritas, e, além disso tudo, eu mantenho pelo menos duas horas de prática mágica diária. Se eu, com minha rotina, consigo duas horas, eu acredito que todos possam conseguir pelo menos vinte ou trinta minutos. O problema não são os seus afazeres, mas, em vez disso, a sua habilidade de priorizar corretamente. Se você está querendo perseguir um caminho espiritual seriamente, você deve ser capaz de priorizar as atividades em sua vida. Este artigo é para pessoas que estão perseguindo a magia seriamente, ao contrário de alguns que somente interessam-se por ela. O primeiro encontrará um bom sistema de prática aqui, mas o último nunca conseguirá evocar a força de vontade e a consistência na prática para alcançar resultados notáveis.
A paciência é um grande teste, e uma das ferramentas favoritas pelas quais o Universo tenta a sua devoção nas chamas da prática espiritual. Lembre-se de sempre perseverar se você não vir progresso no início. Não é dado a todos nós avançarmos rapidamente, mas com paciência e prática consistente, todos podem avançar.
COMEÇANDO O DIA ESPIRITUALMENTE
Ao mago dedicado, acordar na mais tardia hora possível, ou “dormir até mais tarde”, deveria ser oferecido nas chamas do sacrifício. Para assegurar regularmente uma disposição de espírito correta, para checar constantemente sua devoção a seu caminho, e para colher benefícios máximos, ele deve estabelecer um hábito de acordar cedo. A quebra de hábitos e a criação de hábitos são dois componentes essenciais no domínio da mente.
O Zohar nos conta no Noach Zohar, verso 277,
“Quando uma pessoa se levanta para estudar a Torah no meio da noite, quando o vento do norte se levanta, o Sagrado, Abençoado Seja, entra no Jardim do Éden e se regozija com os justos. E Ele, junto com os justos, ouve às palavras que vem da boca de tal homem.”
Novamente encontramos na Torah, em Yeshaya 26:9,
“Com meu espírito (Nephesh, no hebraico) eu te desejei durante a noite; com minha alma (Ruach, no hebraico) dentro de mim eu te buscarei cedo.”
Desses dois versos, podemos inferir que a situação ideal é a de que o corpo astral (o Nephesh) seja projetado durante a noite sob controle consciente, de modo que o indivíduo possa continuar seus estudos e práticas até enquanto dormindo, e a favor de se acordar cedo na manhã. Aquele que o faz é grandemente reverenciado e recompensado.
Na Yoga, existe também uma prática altamente favorecida na qual se acorda durante o Brahmamuhurta (horas de Brahman). Durante esse tempo, a energia da atmosfera é muito calma, permitindo que a aura da pessoa que está em meditação se acalme mais facilmente também, acalmando assim a mente. A meditação é, portanto, muito favorável durante essa hora. Sri Swami Sivananda Saraswati escreve sobre isso:
“A esta hora em particular, a mente fica muito calma e serena. Fica livre de pensamentos mundanos, preocupações e ansiedades. A mente se torna como uma folha de papel em branco e comparativamente livre de Samskaras mundanos. Ela pode ser muito facilmente moldada nesta hora, antes que distrações mundanas entrem na mente. Além disso, a atmosfera também é carregada com mais Sattva a essa hora em particular.”
O mago aspirante que pode se levantar às 04:00 toda manhã e praticar por pelo menos uma hora verá resultados fenomenais, e avançará muito rapidamente. Seus amigos no caminho espiritual não compreenderão como ele consegue progredir tão facilmente pelos muitos estágios da evolução espiritual. Reconhecidamente, porém, isso não é possível para todas as pessoas. Se, por exemplo, o seu trabalho requer que você fique acordado até tarde, essencialmente qualquer horário depois das 22:00, será muito difícil para você acordar às 04:00. É melhor, nesse caso, esperar até mais tarde durante o dia ou durante a noite para praticar, de modo que você não adormeça durante meditação. Para aqueles capazes de acordar a esse horário, se conseguem conjurar a força de vontade suficiente, eles verão quase imediatamente os benefícios de fazê-lo. Depois de verem os resultados, eles nunca quererão acordar depois do Brahmamuhurta.
Começar o seu dia com a prática espiritual é um perfeito início. Sua mente está limpa para começar seu dia de trabalho, ou, para os mais novos, o dia letivo. Suas energias estão controladas, e sua consciência está centrada. As atividades do dia não te perturbam tanto, e é mais fácil manter uma mentalidade espiritual, não importa em quais situações você possa se achar. Pelo fato de você começar seu dia com um nível elevado de consciência, você será capaz de observar mais claramente os impulsos animais nas outras pessoas, e como as ilusões dos sentidos influenciam as ações da maioria dos indivíduos. Dessa observação científica, sua compreensão do ser animal e do ser real crescerá grandemente, e você obterá a compreensão da diferença dos dois. Isso encorajará um ponto de vista espiritual mais constante em sua vida inteira. Quando você retornar para casa depois de suas obrigações diárias, e ter mais tempo livre novamente, será mais fácil se sentar e voltar às suas práticas espirituais, se você escolher fazê-lo.
Aqueles de vocês que possuem um professor legítimo e um guia pelo caminho só devem alterar sua prática diária com a permissão dele ou dela. Eu forneço isto como uma sugestão positiva para começar bem seu progresso espiritual, mas isto é tudo muito geral. Se o seu instrutor for bom e corretamente treinado, ele saberá o que você deveria praticar ou não muito mais do que você. Algumas pessoas podem ser permitidas a praticar japa, mas ainda não pranayama, ou talvez praticar controle do pensamento e controle do corpo, mas não ainda a adição da devoção diária. Tudo isso dependerá de seu caráter, o qual será discernido por qualquer bom professor, e, portanto, você deve considerar o conselho dele. Em geral, porém, o que eu darei aqui deve ser suficiente para a maioria das pessoas, se elas se dedicarem.
Eu tenho dito frequentemente aos meus estudantes e àqueles que me encontram que a inação e a inconsistência são dois venenos letais à perseguição da realização mágica. Alguém que deseja ser um mago não pode ficar contente com mera inquisição filosófica e especulação. Ele deve por sua mente para funcionar e cultivar sua alma, coisa que só pode ser feita nos fogos da prática rigorosa. O mundo não tem utilidade para pessoas que criam ideias quietamente, mas nunca fazem nada a partir delas; é como se essas pessoas estivessem mortas. Todas as boas intenções do mundo não podem lhe tornar um mago. Uma boa pessoa, talvez, mas não um bom mago. A mente indisciplinada deve ser forçada a um hábito de prática regular, até que esta se torne agradável, e só então progresso real é visto.
Não permita a sua mente, frequentemente fraca, a lhe convencer de alguma desculpa para não praticar. Não existe ninguém que não possa praticar, e não existe nenhuma razão legítima para não fazê-lo. Até dez minutos por dia, se feitos com consistência, permitirão bom progresso. Você não é tão ocupado assim! Não ouça às desculpas de seu ser inferior, mas lute contra elas veementemente. Eu sou uma pessoa muito ocupada. Às segundas, quartas, sextas e sábados, meu dia de trabalho começa às 06:45 aproximadamente e termina mais ou menos às 22:00. Às terças e quintas, eu trabalho pelo menos oito horas. Além disso, eu tenho uma rotina diária de exercícios físicos, para continuar efetivo nas artes marciais, tenho um grupo de estudantes pessoais que frequentemente precisam da minha atenção e direção, estou escrevendo três livros e várias centenas de páginas de material para aulas organizadas posteriormente, tento me manter atualizado com os cinco ou seis e-mails eu recebo de pessoas todos os dias aqui no Veritas, e, além disso tudo, eu mantenho pelo menos duas horas de prática mágica diária. Se eu, com minha rotina, consigo duas horas, eu acredito que todos possam conseguir pelo menos vinte ou trinta minutos. O problema não são os seus afazeres, mas, em vez disso, a sua habilidade de priorizar corretamente. Se você está querendo perseguir um caminho espiritual seriamente, você deve ser capaz de priorizar as atividades em sua vida. Este artigo é para pessoas que estão perseguindo a magia seriamente, ao contrário de alguns que somente interessam-se por ela. O primeiro encontrará um bom sistema de prática aqui, mas o último nunca conseguirá evocar a força de vontade e a consistência na prática para alcançar resultados notáveis.
A paciência é um grande teste, e uma das ferramentas favoritas pelas quais o Universo tenta a sua devoção nas chamas da prática espiritual. Lembre-se de sempre perseverar se você não vir progresso no início. Não é dado a todos nós avançarmos rapidamente, mas com paciência e prática consistente, todos podem avançar.
COMEÇANDO O DIA ESPIRITUALMENTE
Ao mago dedicado, acordar na mais tardia hora possível, ou “dormir até mais tarde”, deveria ser oferecido nas chamas do sacrifício. Para assegurar regularmente uma disposição de espírito correta, para checar constantemente sua devoção a seu caminho, e para colher benefícios máximos, ele deve estabelecer um hábito de acordar cedo. A quebra de hábitos e a criação de hábitos são dois componentes essenciais no domínio da mente.
O Zohar nos conta no Noach Zohar, verso 277,
“Quando uma pessoa se levanta para estudar a Torah no meio da noite, quando o vento do norte se levanta, o Sagrado, Abençoado Seja, entra no Jardim do Éden e se regozija com os justos. E Ele, junto com os justos, ouve às palavras que vem da boca de tal homem.”
Novamente encontramos na Torah, em Yeshaya 26:9,
“Com meu espírito (Nephesh, no hebraico) eu te desejei durante a noite; com minha alma (Ruach, no hebraico) dentro de mim eu te buscarei cedo.”
Desses dois versos, podemos inferir que a situação ideal é a de que o corpo astral (o Nephesh) seja projetado durante a noite sob controle consciente, de modo que o indivíduo possa continuar seus estudos e práticas até enquanto dormindo, e a favor de se acordar cedo na manhã. Aquele que o faz é grandemente reverenciado e recompensado.
Na Yoga, existe também uma prática altamente favorecida na qual se acorda durante o Brahmamuhurta (horas de Brahman). Durante esse tempo, a energia da atmosfera é muito calma, permitindo que a aura da pessoa que está em meditação se acalme mais facilmente também, acalmando assim a mente. A meditação é, portanto, muito favorável durante essa hora. Sri Swami Sivananda Saraswati escreve sobre isso:
“A esta hora em particular, a mente fica muito calma e serena. Fica livre de pensamentos mundanos, preocupações e ansiedades. A mente se torna como uma folha de papel em branco e comparativamente livre de Samskaras mundanos. Ela pode ser muito facilmente moldada nesta hora, antes que distrações mundanas entrem na mente. Além disso, a atmosfera também é carregada com mais Sattva a essa hora em particular.”
O mago aspirante que pode se levantar às 04:00 toda manhã e praticar por pelo menos uma hora verá resultados fenomenais, e avançará muito rapidamente. Seus amigos no caminho espiritual não compreenderão como ele consegue progredir tão facilmente pelos muitos estágios da evolução espiritual. Reconhecidamente, porém, isso não é possível para todas as pessoas. Se, por exemplo, o seu trabalho requer que você fique acordado até tarde, essencialmente qualquer horário depois das 22:00, será muito difícil para você acordar às 04:00. É melhor, nesse caso, esperar até mais tarde durante o dia ou durante a noite para praticar, de modo que você não adormeça durante meditação. Para aqueles capazes de acordar a esse horário, se conseguem conjurar a força de vontade suficiente, eles verão quase imediatamente os benefícios de fazê-lo. Depois de verem os resultados, eles nunca quererão acordar depois do Brahmamuhurta.
Começar o seu dia com a prática espiritual é um perfeito início. Sua mente está limpa para começar seu dia de trabalho, ou, para os mais novos, o dia letivo. Suas energias estão controladas, e sua consciência está centrada. As atividades do dia não te perturbam tanto, e é mais fácil manter uma mentalidade espiritual, não importa em quais situações você possa se achar. Pelo fato de você começar seu dia com um nível elevado de consciência, você será capaz de observar mais claramente os impulsos animais nas outras pessoas, e como as ilusões dos sentidos influenciam as ações da maioria dos indivíduos. Dessa observação científica, sua compreensão do ser animal e do ser real crescerá grandemente, e você obterá a compreensão da diferença dos dois. Isso encorajará um ponto de vista espiritual mais constante em sua vida inteira. Quando você retornar para casa depois de suas obrigações diárias, e ter mais tempo livre novamente, será mais fácil se sentar e voltar às suas práticas espirituais, se você escolher fazê-lo.
Quanto tempo demora?
Texto sensacional que eu peguei lá do Divagações. Visitem!
A questão familiar “Então, quanto tempo demora para ver resultados?” É frequentemente ouvida em uma loja esotérica ou grupo, depois de explicar uma técnica esotérica para um recém-chegado à Arte. Ao perguntar “Quanto tempo leva?” O aluno revela várias coisas que são endêmicas do esoterismo moderno.
Falta de paciência: Relatórios trimestrais e Lucros Anuais
Muitas pessoas se aproximam do esoterismo como se estivessem olhando para um plano de negócios: o pensamento de curto prazo, retornos rápidos, o investimento mínimo, e de reforço usual através de ‘dividendos’ (fenômenos paranormais), parecem ser as áreas de foco. Esta falta de “investimento a longo prazo” opera pequenas mudanças em seus professores, companheiros de loja, e o mais importante eles próprios.
A verdadeira realidade é que crescimento interior leva tempo! Se leva um mínimo de 8 a 12 anos pra tornar-se um candidato a doutor em artes ou ciências, como nós podemos esperar algo menos para tornarmos proficientes na prática esotérica? (atenção q a palavra usada foi Proficiente, não expert, ou mestre, mas técnicamente capaz, com resultados confiáveis). Dolores Ashcroft-Nowicki, uma estudante do que mais tarde seria W.E. Butler, e co-fundadora dos Servants of Light (SOL), afirmou em uma intrevista que leva aproximadamente 10 anos para tornar-se hábil em técnicas mágicas. Jean Dubuis, fundador da sociedade alquímica Francesa – The Philosophers of Nature, frequentemente afirma que leva mais de 20 anos de práticas esotéricas sérias para desenvolver um dialogo de trabalho com um dos “Mestres Interiores”.
No Manual Rosacruz publicado pela Ordem Rosacruz (AMORC), há uma seção dedicada ao tema da Iluminação psíquica e a obtenção da Consciência Cósmica. No artigo, escrito pelo fundador da organização Harvey Spencer Lewis, tem vários pontos que valem a pena ressaltar:
O maior progresso é frequentemente feito por aqueles pouco concentrados nisso.
Desenvolvimento Psíquico é desigual, e frequentemente somente manifesta-se em momentos de grandes necessidades.
O período de tempo para a maestria não é importante.
“Olhando de forma genérica, os cinco ou seis anos para trazer o aluno mediano para o limiar da maestria, quando comparado com um de ciclo todo de encarnações, é como um ponto de caneta em uma linha de um kilometro de comprimento. Mas como nos podemos ampliar aquele ponto e perder a linha como um todo!”.
Sim, em 5 ou 6 anos é possível trazer um estudante para “o limiar da maestria”. Sim, o limiar, mas não além dele! Na Golden Dawn, os primeiros 3 anos e meio são gastos apenas praticando 1 ou 2 rituais. Os próximos anos envolvido na aprendizagem de técnicas base que muitas escolas já tem como garantido. Assim sendo, 5 ou 6 anos de estudos intensos e específicos são obrigatórios para aprender as técnicas necessárias para trazer uma pessoa para o eu interior no qual ela poderia realmente se tornar um Adeptus Minor(i.e. iniciação interior), e não somente na teoria.
Pouquíssimos estudantes progridem interiormente tão rapidamente, mas ao longo do caminho eles tem as experiências interiores que irão guia-los a partir daquele ponto, onde um dia, eles cruzarão o limiar da verdadeira maestria. Esta travessia pode ser nesta encarnação ou em outra. A relevância do tempo é importante somente para o ego, e não para a alma, se seu desejo é verdadeiramente inspirado pela alma, então o tempo não terá importância para você, e o domínio do trabalho você terá.
Se você busca crescimento, então sirva, e sirva anonimamente, por detrás do véu dos adeptos. Então você estará em boa compania, e a travessia não estará muito longe.
Todos os exercícios esotéricos são designados para reparar nossos veículos psíquicos do “dano” que eles levam enquanto encarnados. Desde que eles aceleram o processo de reparo, ou reintegração, na escala cósmica seus efeitos são praticamente instantâneos, é so o espaço-tempo da terra que faz aparecer longo ou curto, entretanto, algumas idéias que valem a pena manter em mente ao realizar os exercícios.
Jean Dubuis, e Dolores Ashcroft-Nowicki confirmaram para o autor que leva até 18 meses para um processo de trabalho interior esotérico. Além disso, exercícios voltados para o mundo lunar, a maioria dos quais, podem levar vários meses para integração, mas nossa experência diz que eles são mais poderosos se aliarmos ao ciclo lunar. Assim, podemos estar fazendo um ciclo lunar por vários meses, mas achar que é mais “efetivo” nos dias de maior força lunar do mês. Apesar de não estarmos sentindo –ativamente- , os efeitos são cumulativos, o poder é expresso mais facilmente durante a lua cheia.
Outros exercícios que visam Briah levam mais tempo ainda, assim como podem ser conseguidos “mais facilmente” em seus estágios iniciais pelos efeitos do ano solar. Assim, um mínimo de um ano inteiro pode ser necessário para que estes exercícios se estabeleçam em nossa psiquê. Como os exercícios “lunares”, uma vez no seu lugar, ou suas funções re-estabelecidas, não estamos mais dependentes de ciclos astrológicos para seu funcionamento, ela sempre estará disponível para nós.
Concentração: ou porque sistemas lixo falham
Concentração é uma das chaves fundamentais para o sucesso, visualização e meditação são outros 2. mas concentração não é apenas uma faculdade mental, é também uma atitude, uma aproximação para uma vida com o eu interior. Se gastarmos todo nosso tempo olhando para o “sistema certo” ou uma combinação de técnicas que nos darão a experiência que procuramos, então muito frequentemente nos não nos derrotamos. Escolha um sistema e um conjunto de práticas diárias e manda bala neles! Uma boa base básica sólida da mais resultados do que o mais complexo empreendimento mágico. Acumulando iniciações e técnicas de diversas fontes nos distancia do que realmente importa – a iniciação em nosso Coração, e a conversa com nosso Mestre Interior.
É melhor recitar “OM” todos os dias do resto de nossas vidas e nada mais, do que tecnicamente conhecer meia dúzia de sistemas mágicos e acabar com nada mais que uma indigestão psíquica. Mantenha simples e direto, como o voar de uma flecha, e então você alcançará seu alvo.
By Mark Stavish
Traduzido por Duende
Tirado do Divagações e Teoria da Conspiração
A questão familiar “Então, quanto tempo demora para ver resultados?” É frequentemente ouvida em uma loja esotérica ou grupo, depois de explicar uma técnica esotérica para um recém-chegado à Arte. Ao perguntar “Quanto tempo leva?” O aluno revela várias coisas que são endêmicas do esoterismo moderno.
Falta de paciência: Relatórios trimestrais e Lucros Anuais
Muitas pessoas se aproximam do esoterismo como se estivessem olhando para um plano de negócios: o pensamento de curto prazo, retornos rápidos, o investimento mínimo, e de reforço usual através de ‘dividendos’ (fenômenos paranormais), parecem ser as áreas de foco. Esta falta de “investimento a longo prazo” opera pequenas mudanças em seus professores, companheiros de loja, e o mais importante eles próprios.
A verdadeira realidade é que crescimento interior leva tempo! Se leva um mínimo de 8 a 12 anos pra tornar-se um candidato a doutor em artes ou ciências, como nós podemos esperar algo menos para tornarmos proficientes na prática esotérica? (atenção q a palavra usada foi Proficiente, não expert, ou mestre, mas técnicamente capaz, com resultados confiáveis). Dolores Ashcroft-Nowicki, uma estudante do que mais tarde seria W.E. Butler, e co-fundadora dos Servants of Light (SOL), afirmou em uma intrevista que leva aproximadamente 10 anos para tornar-se hábil em técnicas mágicas. Jean Dubuis, fundador da sociedade alquímica Francesa – The Philosophers of Nature, frequentemente afirma que leva mais de 20 anos de práticas esotéricas sérias para desenvolver um dialogo de trabalho com um dos “Mestres Interiores”.
No Manual Rosacruz publicado pela Ordem Rosacruz (AMORC), há uma seção dedicada ao tema da Iluminação psíquica e a obtenção da Consciência Cósmica. No artigo, escrito pelo fundador da organização Harvey Spencer Lewis, tem vários pontos que valem a pena ressaltar:
O maior progresso é frequentemente feito por aqueles pouco concentrados nisso.
Desenvolvimento Psíquico é desigual, e frequentemente somente manifesta-se em momentos de grandes necessidades.
O período de tempo para a maestria não é importante.
“Olhando de forma genérica, os cinco ou seis anos para trazer o aluno mediano para o limiar da maestria, quando comparado com um de ciclo todo de encarnações, é como um ponto de caneta em uma linha de um kilometro de comprimento. Mas como nos podemos ampliar aquele ponto e perder a linha como um todo!”.
Sim, em 5 ou 6 anos é possível trazer um estudante para “o limiar da maestria”. Sim, o limiar, mas não além dele! Na Golden Dawn, os primeiros 3 anos e meio são gastos apenas praticando 1 ou 2 rituais. Os próximos anos envolvido na aprendizagem de técnicas base que muitas escolas já tem como garantido. Assim sendo, 5 ou 6 anos de estudos intensos e específicos são obrigatórios para aprender as técnicas necessárias para trazer uma pessoa para o eu interior no qual ela poderia realmente se tornar um Adeptus Minor(i.e. iniciação interior), e não somente na teoria.
Pouquíssimos estudantes progridem interiormente tão rapidamente, mas ao longo do caminho eles tem as experiências interiores que irão guia-los a partir daquele ponto, onde um dia, eles cruzarão o limiar da verdadeira maestria. Esta travessia pode ser nesta encarnação ou em outra. A relevância do tempo é importante somente para o ego, e não para a alma, se seu desejo é verdadeiramente inspirado pela alma, então o tempo não terá importância para você, e o domínio do trabalho você terá.
Se você busca crescimento, então sirva, e sirva anonimamente, por detrás do véu dos adeptos. Então você estará em boa compania, e a travessia não estará muito longe.
Todos os exercícios esotéricos são designados para reparar nossos veículos psíquicos do “dano” que eles levam enquanto encarnados. Desde que eles aceleram o processo de reparo, ou reintegração, na escala cósmica seus efeitos são praticamente instantâneos, é so o espaço-tempo da terra que faz aparecer longo ou curto, entretanto, algumas idéias que valem a pena manter em mente ao realizar os exercícios.
Jean Dubuis, e Dolores Ashcroft-Nowicki confirmaram para o autor que leva até 18 meses para um processo de trabalho interior esotérico. Além disso, exercícios voltados para o mundo lunar, a maioria dos quais, podem levar vários meses para integração, mas nossa experência diz que eles são mais poderosos se aliarmos ao ciclo lunar. Assim, podemos estar fazendo um ciclo lunar por vários meses, mas achar que é mais “efetivo” nos dias de maior força lunar do mês. Apesar de não estarmos sentindo –ativamente- , os efeitos são cumulativos, o poder é expresso mais facilmente durante a lua cheia.
Outros exercícios que visam Briah levam mais tempo ainda, assim como podem ser conseguidos “mais facilmente” em seus estágios iniciais pelos efeitos do ano solar. Assim, um mínimo de um ano inteiro pode ser necessário para que estes exercícios se estabeleçam em nossa psiquê. Como os exercícios “lunares”, uma vez no seu lugar, ou suas funções re-estabelecidas, não estamos mais dependentes de ciclos astrológicos para seu funcionamento, ela sempre estará disponível para nós.
Concentração: ou porque sistemas lixo falham
Concentração é uma das chaves fundamentais para o sucesso, visualização e meditação são outros 2. mas concentração não é apenas uma faculdade mental, é também uma atitude, uma aproximação para uma vida com o eu interior. Se gastarmos todo nosso tempo olhando para o “sistema certo” ou uma combinação de técnicas que nos darão a experiência que procuramos, então muito frequentemente nos não nos derrotamos. Escolha um sistema e um conjunto de práticas diárias e manda bala neles! Uma boa base básica sólida da mais resultados do que o mais complexo empreendimento mágico. Acumulando iniciações e técnicas de diversas fontes nos distancia do que realmente importa – a iniciação em nosso Coração, e a conversa com nosso Mestre Interior.
É melhor recitar “OM” todos os dias do resto de nossas vidas e nada mais, do que tecnicamente conhecer meia dúzia de sistemas mágicos e acabar com nada mais que uma indigestão psíquica. Mantenha simples e direto, como o voar de uma flecha, e então você alcançará seu alvo.
By Mark Stavish
Traduzido por Duende
Tirado do Divagações e Teoria da Conspiração
A Corrupção Moderna da Magia
Introdução
Esta será uma lição longa, portanto, ao trabalho. Não pule partes por causa de seu tamanho. Leia cada palavra dela, e tome notas diligentemente.
A predominante abordagem à magia, nos dias atuais, deve ser abolida. O processo iniciatório dos maçons e a ideia do avanço espiritual através apenas do conhecimento devem ser deixados como relíquias do passado. Como a Jnana Yoga atesta, e como Francis Bacon declara, existe, certamente, poder no conhecimento. Porém, o melhor poder é aquele ganhado da prática e, consequentemente, da experiência. Um pouco de prática valem muitos livros. Essa deve ser a ideia predominante dos anos vindouros, se a humanidade quiser reviver a irmandade de magos no mundo e redistribuir a carga de trabalho espiritual que, no momento, cai quase inteiramente nos ombros de iogues.
A incompreensão da magia legítima criou uma ameaçadora carência de adeptos ocidentais iluminados. Esses adeptos mestres, reais Deuses-Homens do passado, estão raramente reencarnando. Parece, portanto, que, no geral, existem poucos grandes magos disponíveis. O número deles se tornou escasso; seu nível, baixo. Nos meus tempos de garoto, antes de as minhas memórias retornarem, eu procurei aqui e ali alguma faísca de sabedoria, estudei muitos sistemas de magia e de xamanismo, e, no fim, me senti como Abraão, o Judeu, depois de seus anos de procura pela Ciência Divina, antes de ser abençoado por seu guru, Abramelin. Em lugar algum, eu pude encontrar alguém que merecesse o título de professor da ciência divina. Fraudes e charlatãos eram numerosos, e pessoas pensavam que eles eram magos só porque nunca conheceram um mago verdadeiro. Hoje, essas mesmas pragas ainda infectam bastante as buscas de jovens aspirantes ao redor do mundo.
Existe um número de razões para a escassez atual de sábios na tradição oculta ocidental. Eu me esforçarei aqui para compartilhar com vocês algumas das razões que as minhas experiências com aspirantes esperançosos, os ensinamentos de várias ordens e paradigmas, e meu tempo com as “vítimas” de vários movimentos new age, me levaram a classificar como causas para o problema. Eu baseei essas conclusões nas súplicas de aspirantes esperançosos buscando por iniciação, e nos meus encontros pessoais com alguns dos ditos adeptos de vários grupos e ordens. Ao fazê-lo, eu compreendo totalmente que falar com alguns estudantes e alguns membros superiores nunca pode dar uma representação compreensiva. Porém, eu também compreendo que, não importa quão ideais as condições internas de uma ordem possam ou não ser, ela não deveria levar seus estudantes externos à procrastinação ou a um treinamento inadequado.
Eu identifiquei dez problemas principais na magia de hoje. O primeiro é que o treinamento proposto por certas ordens nos últimos 200 anos ou mais era incompleto, e por eles terem ditado a regra para as ordens de hoje, os problemas continuaram. O segundo é que os materiais originais e manuscritos para certos sistemas são atribuídos com mais valor do que aquele eles realmente possuem. O terceiro é que a mente ocidental transformou a magia em algo feito para se realizar os desejos materiais. A quarta razão para o problema presente é que, na medida em que nossa cultura propaga a concessão à preguiça, a abordagem ocidental à magia se torna mais e mais preguiçosa. A quinta razão é a tendência peculiar da mente ocidental de se tornar altamente investida em sua própria personalidade. A sexta razão é a destruição da sucessão de mestre e discípulo, a causa que é a raiz para muitos outros problemas. A sétima razão, que é um verdadeiro veneno para a evolução, é o movimento presente, na magia ocidental, de se tentar remover a ideia essencial de Deus e o valor da moralidade da magia. A oitava razão é a popularidade crescente de charlatãos, e seu poder sobre as massas ignorantes. A nona razão é a tendência de magos legitimamente treinados permanecerem silenciosos, aceitarem poucos estudantes e escreverem pouco ou nada. A décima e última razão que discutiremos é a atenção dada, no Ocidente, ao desenvolvimento dos poderes mágicos em vez do desenvolvimento de estados elevados de consciência. Essas dez razões primárias bastarão para nossa consideração, embora mais razões pudessem ser listadas.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Mãe Natureza
A natureza é mãe, pelo fato de ter vários filhos e filhas, e dar de toda ela para alimentar e cuidar dos seus. O homem se aproveita de cada respiração do ar que é dado, sem pelo menos agradecer ou se lembrar de onde vem. A água que toma o banho, mata sua sede. O fruto que come, escorrendo o leve suco após uma doce mordida. O peixe que é feito uma caldeirada após a pescada.
Eu, particularmente adoro a natureza. Entre a cidade, seu agito, festas, bares, casas noturnas, badalações e afins, prefiro sim, uma chácara, um recanto em um lugar afastado de tudo - barulho, buzinas, som alto, luzes fortes, poluição vizual e sonora - da cidade.
A calma e a magia que a natureza, o campo me proporciona é maravilhosos. É como se voltasse a sentir um contato quase inexistente nos dias de hoje dentro das cidades. E não só o campo. Um deserto, as montanhas, um campo verde, um bosque, o céu azul, os pássaros cantando nos galhos das árvores... Deitado em uma rede, balançando e sentindo o sopro do vento em meu rosto, posso sentir a respiração de Deus. A natureza... A natureza; não me admiro vós estás com tanta fúria do homem, te mata, pisa, queima, destrói e mesmo assim não aprende que é de ti que vem o sustento do dia a dia.
- Escutem! Escutem! O uirápuru está cantando!!! Sim está!
- Olha, fazia tempo que não o via rindo, desde nosso primeiro encontro. Sim o Espiríto de Fogo, o Guardião da Mata.
Eu, particularmente adoro a natureza. Entre a cidade, seu agito, festas, bares, casas noturnas, badalações e afins, prefiro sim, uma chácara, um recanto em um lugar afastado de tudo - barulho, buzinas, som alto, luzes fortes, poluição vizual e sonora - da cidade.
A calma e a magia que a natureza, o campo me proporciona é maravilhosos. É como se voltasse a sentir um contato quase inexistente nos dias de hoje dentro das cidades. E não só o campo. Um deserto, as montanhas, um campo verde, um bosque, o céu azul, os pássaros cantando nos galhos das árvores... Deitado em uma rede, balançando e sentindo o sopro do vento em meu rosto, posso sentir a respiração de Deus. A natureza... A natureza; não me admiro vós estás com tanta fúria do homem, te mata, pisa, queima, destrói e mesmo assim não aprende que é de ti que vem o sustento do dia a dia.
- Escutem! Escutem! O uirápuru está cantando!!! Sim está!
- Olha, fazia tempo que não o via rindo, desde nosso primeiro encontro. Sim o Espiríto de Fogo, o Guardião da Mata.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Samurai Musashi Kensei
Adoro mangá!
Simplismente me delicío com a leitura do mangá VAGABOND. O traço, movimentos, personagens, expressões e ações me conduzem ao universo feudal japonês. A conduta, a moral, a disciplina, a tradição... a Honra e o Respeito.
A leitura desse universo faz com que minha alma ferva e ao mesmo tempo fique calma. O andar de um rapaz egocentrico, indisciplinado, arrogante se tornando leve e suave como o vento, ereto como uma árvore, firme como rochas e forte como ninguém jamais foi, isso é fascinante.
Muitas situações realmente me fascinaram a tal ponto que fiquei dias, semanas, meses pensando a respeito. E acabo sempre voltando a pensar novamente.
Ex: Quando miyamoto recebe uma flor que vem do palácio de um susserano ao qual ele pretende desafiá-lo. Ao pegar a flor ele nota algo um tanto incomum, a flor mesmo cortada pelo caule continua viva, o corte foi perfeito, o espírito da pessoa que a cortou, estava em uma harmonia tão grande com O Todo, com a Natureza que não afetou a flor. Isso cativo-o e deixou mais feliz e com motivação maior para entrar no palácio e conseguir esse desafio. Depois de um certo tempo, conseguiu uma autorização para entrar no palácio como visitante, mas só iria ver os discípulos mais graduados do susserano.
Conversando com eles, notou que nenhum deles tinha observado a diferença do corte do susserano e do próprio musashi, que fez com o intuito de descobrir se conseguiria algo parecido e em que nível estava.
Outro caso, depois de um ano de peregrinação pelo Japão, Miyamoto volta a Kioto para cumprir o compromisso de um desafio feito a ele. Ele iria desafiar Densischiro Kempô, irmão mais novo do sucessor da academia kempô de esgrima. Só que uma noite antes de entrar na cidade, o irmão mais velho - Seijuro - armou uma emboscada com o intuito de matar musashi covardemente, assim, não seria preciso um embate.
Mesmo assim, depois de uma longa luta Musashi derrotou o irmão mais velho. Passado uma semana, Musashi se recuperou e foi encontrar o irmão mais novo para o desafio combinado.
Mas antes disso um discípulo de Seijuro, veio tomar as dores do mestre morto. Miyamoto com apenas um golpe o matou.
Mesmo mostrando e contando brevemente o que ocorreu, não tem como descrever com tanto gosto e maestria como é lido no mangá ou até mesmo no livro que deu origem ao mangá.
Existem muito outros contos dentro do mangá que me deixam embriagado com tanta beleza. Tem que ler toda a história para sentir o crescimento espiritual dos personagens. Como a do própio Miyamoto Musashi que de um bruto e arrogante conseguiu crescer de forma surpreendente e de Sasaki Kojiro, garoto orfão que conhece seu mestre interior e adquire um mestre que o cria e ensina a arte da espada, seu domínio da katana era tão grande que só de olhar para uma pessoa, ele saberia se seria um combate a altura ou não. Se essa pessoa não estivesse a altura de um combate ele recusava o desafio e ia embora. Esse personagem viria a se tornar mais tarde o maior oponente de Miyamoto Musashi - e Sasaki era surdo mudo.
Simplismente me delicío com a leitura do mangá VAGABOND. O traço, movimentos, personagens, expressões e ações me conduzem ao universo feudal japonês. A conduta, a moral, a disciplina, a tradição... a Honra e o Respeito.
A leitura desse universo faz com que minha alma ferva e ao mesmo tempo fique calma. O andar de um rapaz egocentrico, indisciplinado, arrogante se tornando leve e suave como o vento, ereto como uma árvore, firme como rochas e forte como ninguém jamais foi, isso é fascinante.
Miyamoto Musashi
Muitas situações realmente me fascinaram a tal ponto que fiquei dias, semanas, meses pensando a respeito. E acabo sempre voltando a pensar novamente.
Ex: Quando miyamoto recebe uma flor que vem do palácio de um susserano ao qual ele pretende desafiá-lo. Ao pegar a flor ele nota algo um tanto incomum, a flor mesmo cortada pelo caule continua viva, o corte foi perfeito, o espírito da pessoa que a cortou, estava em uma harmonia tão grande com O Todo, com a Natureza que não afetou a flor. Isso cativo-o e deixou mais feliz e com motivação maior para entrar no palácio e conseguir esse desafio. Depois de um certo tempo, conseguiu uma autorização para entrar no palácio como visitante, mas só iria ver os discípulos mais graduados do susserano.
Conversando com eles, notou que nenhum deles tinha observado a diferença do corte do susserano e do próprio musashi, que fez com o intuito de descobrir se conseguiria algo parecido e em que nível estava.
Outro caso, depois de um ano de peregrinação pelo Japão, Miyamoto volta a Kioto para cumprir o compromisso de um desafio feito a ele. Ele iria desafiar Densischiro Kempô, irmão mais novo do sucessor da academia kempô de esgrima. Só que uma noite antes de entrar na cidade, o irmão mais velho - Seijuro - armou uma emboscada com o intuito de matar musashi covardemente, assim, não seria preciso um embate.
seijuro em sua emboscada para musashi
Mesmo assim, depois de uma longa luta Musashi derrotou o irmão mais velho. Passado uma semana, Musashi se recuperou e foi encontrar o irmão mais novo para o desafio combinado.
Mas antes disso um discípulo de Seijuro, veio tomar as dores do mestre morto. Miyamoto com apenas um golpe o matou.
Discípulo morto por Musashi
Mesmo mostrando e contando brevemente o que ocorreu, não tem como descrever com tanto gosto e maestria como é lido no mangá ou até mesmo no livro que deu origem ao mangá.
Existem muito outros contos dentro do mangá que me deixam embriagado com tanta beleza. Tem que ler toda a história para sentir o crescimento espiritual dos personagens. Como a do própio Miyamoto Musashi que de um bruto e arrogante conseguiu crescer de forma surpreendente e de Sasaki Kojiro, garoto orfão que conhece seu mestre interior e adquire um mestre que o cria e ensina a arte da espada, seu domínio da katana era tão grande que só de olhar para uma pessoa, ele saberia se seria um combate a altura ou não. Se essa pessoa não estivesse a altura de um combate ele recusava o desafio e ia embora. Esse personagem viria a se tornar mais tarde o maior oponente de Miyamoto Musashi - e Sasaki era surdo mudo.
Despertei
Despertei
Muitos me perguntam por que "abandonei" o kendo* e comecei o kenjutsu*.
Não "abandonei" o kendo. Bem como pratico e ensino também a todos os alunos do Niten. Todos passam pelo aprendizado de kendo e depois se aprofundam em técnicas de kenjutsu.
É por isto que vou te contar um episódio interessante:
Devia ter seus 60 anos, média estatura e de porte magro. Parecia um daqueles do filme Os 7 Samurais. O mais magrinho e que falava pouco no filme, não me lembro do nome...
Bem, já fui disparando o meu golpe, indefensável naquela época, o men* veloz como um desses saques de tênis que o adversário não consegue rebater. Também os tsuki* como uma flecha. E nada. Não acertei. Tentei mais uma, duas, parti para outras técnicas e nada. E eu não conseguia "pegar" ele. De jeito nenhum .Nem com uma, nem com duas espadas. O estilo dele era bem diferente em comparação ao que eu já havia conhecido até então. Ele andava. Não ficava só com o pé direito a frente.
A ponta de sua espada não estava voltada para o meu rosto. Estava desviada para o meu lado esquerdo, com a lâmina à vista.
Não levantava os braços frontalmente para se golpear o men, diferente do que se prega no kendo.
Sua atenção não estava focada na estética, na boa postura. Mas no combate.
Enfim, em inúmeros aspectos, era diferente.
Golpeava-me a toda hora em todos os pontos. Se defendia aqui, me acertava ali. Quando eu achava que iria acertar, me devolvia com um contragolpe que eu nunca tinha visto. Foi demais!
Realmente, foi um dos dias que me dei por vencido.
Fiquei sabendo mais tarde, que os jurados não favoreciam a sua aprovação no exame de graduação ao 8° dan de kendo, pela sua forma "diferente" de lutar.
É, e refletindo bem, entendi que ele não treinava para ser aprovado em exames e nem colecionar títulos.
Estou falando nada menos de um sokê* de Kobudô*.
Ele treinava para vencer.
Despertei.
*kendo= esporte que derivou-se do kenjutsu no século passado
*kenjutsu= arte samurai que tem suas origens desde a era Kamakura
(aproximadamente nos anos 1280) até os dias de hoje e que originou o kendo.
*men= crânio
*tsuki= estocada sobre a garganta
*soke= grão mestre e representante de um estilo, passado através das gerações
*kobudo; ko=antigo; bu=samurai; do=caminho, arte
retirado do site NITEN
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Os níveis do Ser Humano
Há alguns anos, um buscador aproximou-se de um Mestre da Arte Real (um verdadeiro Místico) e perguntou-lhe:
- Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a Paz e o entendimento, por mais que apregoem o Amor e por mais que afirmem abominar o Ódio.
- Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da Humanidade do Planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.
- Mas, Mestre, que níveis são esses?
- Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação.
Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental, para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.
Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do consulente e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do Espaço e do Tempo.
O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, disse-lhe o Mestre:
- Dê-lhe um tapa no rosto.
- Mas por quê? Ele não me fez nada…
- Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!
E o homem aproximou-se mais do Mestre e do consulente. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou.
Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o consulente foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.
Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o consulente já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.
Quando o homem se aproximou, o consulente pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o consulente, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte.
Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Repita o mesmo com esse aí que vem chegando.
A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o consulente e assim falou:
- O que é isso, moço?… Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra!
Estou falando sério!
- Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.
- E querem ver como reajo?
- Sim. Exatamente isso…
- Já reparou que não tem sentido?
- Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar…
- Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?
- Queremos verificar - interferiu o Mestre - as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?
- De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: - Esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente. Não acham?
- Enfim - perguntou o buscador - como você vai reagir? Vai revidar?
Ou vai nos ensinar uma outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?
- Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço… São uns perfeitos idiotas… Imagine só, dar tapas nos outros… Besteira… Idiotice… Falta do que fazer… E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento… Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatães!
Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:
- Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo “pra lá”, pois “não tem tempo” para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os “outros”. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “Dono da Verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das “muletas” para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por “preguiça vital” e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e tudo criticar. Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.
E a cena repetiu-se.
O caminhante olhou para o buscador e perguntou:
- Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?
- Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.
- Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?
- É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?
- Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão a fazer e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Aceitar-me-iam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?
- E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal-intencionados? - perguntou o Mestre - Como reagiria a isso?
- Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês deverão ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim o for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais, e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?
Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O Mestre assim comentou:
- O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, talvez mais um ano ou dois, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis. Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5.
O tapa estalou.
- Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?
- Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?
- Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?
- Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal…
- Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento. Ainda terás um longo caminho pela frente, mas se desejares, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de guiar-te nos primeiros passos e fazer-te chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que achas da proposta? Aceitas-me como teu guia?
Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre assim se expressou:
- Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. É como se fosse uma Irmã Dulce, um Chico Xavier ou uma Madre Teresa de Calcutá da vida. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa “muletas” diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a “muleta” que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6.
E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.
- Meu filho querido! Por que você queria ferir-se a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a Humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?
- Mas estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita.
- Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando Amor. E o Amor é a Energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do Amor, logo poderá ensinar Amor para todas as outras células da Humanidade, e tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá Amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de Amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: - Tudo é Amor! A vida é Amor! Nós somos centelhas de Amor! E por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que se agir de determinada maneira perigosa irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo? Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o Amor em toda sua plenitude, pois o Amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um Ato de Amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê Amor gratuitamente. Ensine Amor com muito Amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da Energia mais poderosa do Universo, que é o Amor. E sua vida será sublime…
Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então o Mestre falou:
- Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o Ser Humano em sua senda evolutiva, ainda na Matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um Homem Sublime, Inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o Começo da Verdade, mas ainda não a conhece em toda sua Plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando.
E o buscador pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.
- Bata nele! - ordenou o Mestre.
- Não posso, Mestre, não posso…
- Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!
- Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!
- Bate-me - disse o Homem com muita firmeza e suavidade - pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente, porque ainda existem guerras na Humanidade.
- Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…
- Então - tornou o Homem - já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.
- Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que a s abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?
- Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a Ignorância! - volveu o Homem com suavidade e convicção - Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?
- Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante - as suas “muletas” - e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente…
- A Humanidade ainda é uma criança , mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós - seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico. Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar, este conhecimento, esta grande Verdade: - Somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa.
- Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?
- Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única Vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já foste energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
- Mas mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.
- E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste Planeta Terra. O Autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da Tradição Oral, durante muitas e muitas gerações. O Autor deste trabalho, ao ler esse conto, há muitos anos atrás, também aprendeu a mesma lição e agora a está transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos. Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste Planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concordas, filho meu?
Agora, se quem deste aprendizado tomar conhecimento e, assim mesmo, não desejar progredir, não quiser deixar de lado as “muletas” que está usando ou não quiser aceitar essa verdade tão cristalina, o problema e a responsabilidade já não serão mais teus. Tu e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tens com isso. Entendeste, filho meu?
PS.: MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE AOS QUE ESTÃO NO NÍVEL 1 AO 3: Não sai por ai batendo nos outros e dizendo que não é nada pessoal... isso pode ser bem nocivo a saúde
- Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a Paz e o entendimento, por mais que apregoem o Amor e por mais que afirmem abominar o Ódio.
- Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da Humanidade do Planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.
- Mas, Mestre, que níveis são esses?
- Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação.
Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental, para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.
Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do consulente e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do Espaço e do Tempo.
O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, disse-lhe o Mestre:
- Dê-lhe um tapa no rosto.
- Mas por quê? Ele não me fez nada…
- Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!
E o homem aproximou-se mais do Mestre e do consulente. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou.
Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o consulente foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.
Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o consulente já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.
Quando o homem se aproximou, o consulente pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o consulente, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte.
Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Repita o mesmo com esse aí que vem chegando.
A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o consulente e assim falou:
- O que é isso, moço?… Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra!
Estou falando sério!
- Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.
- E querem ver como reajo?
- Sim. Exatamente isso…
- Já reparou que não tem sentido?
- Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar…
- Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?
- Queremos verificar - interferiu o Mestre - as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?
- De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: - Esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente. Não acham?
- Enfim - perguntou o buscador - como você vai reagir? Vai revidar?
Ou vai nos ensinar uma outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?
- Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço… São uns perfeitos idiotas… Imagine só, dar tapas nos outros… Besteira… Idiotice… Falta do que fazer… E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento… Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatães!
Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:
- Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo “pra lá”, pois “não tem tempo” para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os “outros”. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “Dono da Verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das “muletas” para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por “preguiça vital” e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e tudo criticar. Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.
E a cena repetiu-se.
O caminhante olhou para o buscador e perguntou:
- Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?
- Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.
- Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?
- É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?
- Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão a fazer e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Aceitar-me-iam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?
- E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal-intencionados? - perguntou o Mestre - Como reagiria a isso?
- Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês deverão ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim o for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais, e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?
Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O Mestre assim comentou:
- O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, talvez mais um ano ou dois, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis. Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5.
O tapa estalou.
- Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?
- Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?
- Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?
- Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal…
- Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento. Ainda terás um longo caminho pela frente, mas se desejares, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de guiar-te nos primeiros passos e fazer-te chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que achas da proposta? Aceitas-me como teu guia?
Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre assim se expressou:
- Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. É como se fosse uma Irmã Dulce, um Chico Xavier ou uma Madre Teresa de Calcutá da vida. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa “muletas” diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a “muleta” que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6.
E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.
- Meu filho querido! Por que você queria ferir-se a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a Humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?
- Mas estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita.
- Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando Amor. E o Amor é a Energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do Amor, logo poderá ensinar Amor para todas as outras células da Humanidade, e tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá Amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de Amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: - Tudo é Amor! A vida é Amor! Nós somos centelhas de Amor! E por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que se agir de determinada maneira perigosa irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo? Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o Amor em toda sua plenitude, pois o Amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um Ato de Amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê Amor gratuitamente. Ensine Amor com muito Amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da Energia mais poderosa do Universo, que é o Amor. E sua vida será sublime…
Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então o Mestre falou:
- Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o Ser Humano em sua senda evolutiva, ainda na Matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um Homem Sublime, Inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o Começo da Verdade, mas ainda não a conhece em toda sua Plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando.
E o buscador pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.
- Bata nele! - ordenou o Mestre.
- Não posso, Mestre, não posso…
- Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!
- Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!
- Bate-me - disse o Homem com muita firmeza e suavidade - pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente, porque ainda existem guerras na Humanidade.
- Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…
- Então - tornou o Homem - já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.
- Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que a s abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?
- Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a Ignorância! - volveu o Homem com suavidade e convicção - Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?
- Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante - as suas “muletas” - e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente…
- A Humanidade ainda é uma criança , mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós - seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico. Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar, este conhecimento, esta grande Verdade: - Somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa.
- Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?
- Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única Vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já foste energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
- Mas mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.
- E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste Planeta Terra. O Autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da Tradição Oral, durante muitas e muitas gerações. O Autor deste trabalho, ao ler esse conto, há muitos anos atrás, também aprendeu a mesma lição e agora a está transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos. Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste Planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concordas, filho meu?
Agora, se quem deste aprendizado tomar conhecimento e, assim mesmo, não desejar progredir, não quiser deixar de lado as “muletas” que está usando ou não quiser aceitar essa verdade tão cristalina, o problema e a responsabilidade já não serão mais teus. Tu e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tens com isso. Entendeste, filho meu?
PS.: MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE AOS QUE ESTÃO NO NÍVEL 1 AO 3: Não sai por ai batendo nos outros e dizendo que não é nada pessoal... isso pode ser bem nocivo a saúde
Missão Sagrada
Fazia tempo que não mandava um texto desse pra vocês darem uma lida. Espero que reflitam sobre, não sou muito fã de correntes ou textos sentimentais. Mas acredito que alguns ainda tragam neles verdades quase esquecidas de esperança, honra e amor verdadeiro. Por isso pra quem quiser ler prossiga, caso contrário pare por aqui:
Era uma vez um jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a outro rei de uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para carregá-lo na jornada.
“Cuida do mais importante e cumprirás a missão!” Disse o soberano ao se despedir. Assim, o jovem preparou o seu alforje. Escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada na cintura, por baixo das vestes.
Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.
Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Dessa forma, exigia o máximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe tirava a sela nem a carga, tampouco se preocupava em lhe dar de beber ou comer.
Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal, disse alguém. Não me importo, respondeu ele. Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportou mais os maus tratos e caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Mas como naquela região havia poucas fazendas e eram muito distantes uma das outras, em poucas horas o moço se deu conta da falta que lhe fazia o animal.
Estava exausto e sedento. Já tinha deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: “cuida do mais importante!” Seu passo se tornou curto e lento e as paradas, freqüentes e longas.
Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada onde ficou desacordado por longo tempo. No entanto, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele.
Quando o jovem recobrou os sentidos, estava de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e sem remorso jogou toda a culpa do insucesso no cavalo “fraco e doente” que recebera.
Porém, majestade, conforme me recomendaste, “cuida do mais importante”, aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer. O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.
Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia: “Ao meu irmão, rei da terra do norte! O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo.
Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem é fiel e sabe reconhecer quem o auxilia na jornada.
Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem”.
Pense nisso!
Saber reconhecer aqueles que verdadeiramente nos auxiliam no dia-a-dia é, sem dúvida, um grande desafio para muitos de nós.
Ser fiel aos amigos sinceros que caminham conosco e até dividem o peso da nossa cruz, para nos aliviar os ombros a fim de que recobremos as forças.
Agindo assim, estaremos realmente cuidando do mais importante, que são esses diamantes raros que não têm preço e que ladrão nenhum tem interesse em nos roubar.
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A Música Suprema
O sufi Hazrat Inayat Khan (1882-1927) narra: ” Certo dia, Akhbar, o grande imperador dos mongóis, disse ao músico da corte, o famoso Tansen : ‘ Diga-me, ó grande músico, quem foi o seu mestre?’ E a reposta: ‘Majestade, meu mestre é um músico muito importante, aliás, mais do que isto. Não posso chamá-lo de músico, tenho de chamá-lo por obrigação de música!’ O imperador insistiu: ‘ A propósito deste seu mestre, posso ouvi-lo cantar?’ Tansen respondeu: ‘ Talvez, posso tentar. Porém, não pense Vossa Majestade que vai poder chamá-lo para vir a corte.’ O imperador então quis saber: ‘Afinal posso ir até onde ele está?’ Ao que o músico respondeu: ‘Ele pode fica com o orgulho ferido ao imaginar que terá de cantar diante de um rei.’ Akhbar observou: ‘Mas eu poderia ir lá como seu servo.’ Tansen ponderou: ‘ Sim, essa é uma possibilidade, uma forma de esperança.’ Dito isto, ambos escalaram o Himalaia, até as mais elevadas montanhas onde o sábio erigira seu templo de música na abertura de uma caverna, em meio á natureza, vivendo em estreita harmonia com o infinito.
O músico da corte havia viajado a cavalo e Akhbar andara a pé. Ao chegar na montanha, o sábio percebeu que o imperador havia-se humilhado para poder ouvir sua música, e mostrou-se disposto a cantar.
E sua canção era extraordinária. Parecia que as árvores e plantas vibravam todas. Era a canção do universo. A impressão que causou em Tansen e Akhbar foi muito profunda, mais do que podiam suportar. E, em consequencia disso, ambos entraram num estado de paz e transfiguração. E, enquanto se achavam nesse estado, o mestre saiu da caverna. Quando abriram os olhos, ele já não se encontrava mais à sua frente. O imperador tornou a falar: ‘ Mas que fenômeno estranho. Para onde ele foi?’ Tansen respndeu: ‘ Nunca mais o verá nesta caverna, pois assim que um homem chega a sentir o sabor deste fenômeno ele o procurará sempre, mesmo que isto custe a sua própria vida, pois essa experência é maior do que qualquer coisa na vida.’
“Após terem voltado para a sua terra, o imperador, um dia, perguntou ao músico: ‘Qual era a raga que o mestre cantou?’ Tansen disse o nome da raga e cantou-a para o imperador. Este, porém, não se deu por satisfeito, e observou: ‘Sim, é a mesma música, mas ela não tem o mesmo espírito. Por que acontece algo assim?’ Tansen replicou: ‘ A razão é esta: eu canto para Vossa Majestade, imperador deste país, mas o meu mestre canta para Deus. Essa é a diferença.’”
BERENDT, Joachim-Ernst. Nada Brahma, A música e o universo da consciência. Editora Cultrix. p.220
LIVROS SAGRADOS
Os livros Sagrados são muitos antigos, muitos deles são milenares e antes de serem escritos eram passados de boca a boca, mas o que tinham esses livros? Eram simples histórias folclóricas visando explicar o inexplicável para a época? Será que naquela época as pessoas eram inferior a nossa época atual? Como então não desvendamos o que eles fizeram? Como conseguiam decorar tamanhos livros para ser passado para a próxima geração?
Minha explicação para o momento, com base em pesquisa, não em achismo, a maioria dos livros sagrados eram feitos com rimas, para serem cantados ou facilmente decorados, mas com a tradução se perdeu isso.
Esses livros todos visam apenas uma coisa, ensinar/desvendar os segredos do mundo, a mecânica do universo, todos os livros também tem uma parte histórica a ser contada sobre o mundo antes e depois do dilúvio que segundo meus cálculos (e não só meu) foi a 30.000 a.c., pois foi a época do degelo(dilúvio). Eles também são guias espirituais, ou seja, guias para a iluminação, pois se acredita, de que a vida é um caminho para o aperfeiçoamento, e para que você aprenda isso, a mensagens estão codificadas, pois assim como usamos palavras diferentes para classificar muitas coisas, naquela época não se tinha tantas palavras e se usava uma para vários significados, por isso que não entendemos muitas partes da bíblia, porque o contexto foi perdido, e com certeza não vai ser um pastor, padre ou qualquer outro que vai saber, pois é preciso pesquisa para saber a contextualização da época. Como por exemplo a palavra Dharma, Apocalipse, Demônio entre muitas outras que foram deturpadas.
Tirando que muita gente acaba por não pesquisar e não descobre a manipulação histórica que existe em livros religiosos por monarcas e o próprio clero.
Muitas das coisas dos livros sagrados são criados para o entendimento da vida, não devemos tomar como verdade crua, pois como no caso do velho testamento e do novo, deus no velho é um assassino, o Senhor dos exércitos, e no novo testamento ele já é bondoso e misericordioso. e Por que? O que eu penso, é que eram duas coisas, ou que Deus era um ser imaduro até porque não existia nada até ele criar, ou seja, sem experiência, mas isso seria muito estranho quando estamos falando de Deus, um ser personificado onipresente, a segunda coisa que pensava era que Reis ou Chefes religiosos da época usavam de seu nome para bens próprios, por isso Deus teria uma face tão malígna, mas então descobri que nada disso estava certo, deveríamos dar mais crédito ao significado escondido no livro, e que Deus é linha dura no velho testamento porque é uma analogia com a mente humana, quando somos crianças nossos pais devem nos impor sua realidade e como funciona o mundo, para aprendermos e vivermos em harmonia, e depois quando já somos evoluídos intelectualmente podemos conversar de igual para igual com nossos pais, e adquirir sabedoria deles, através da conversa não da obrigação.
Muitas das coisas dos livros sagrados são criados para o entendimento da vida, não devemos tomar como verdade crua, pois como no caso do velho testamento e do novo, deus no velho é um assassino, o Senhor dos exércitos, e no novo testamento ele já é bondoso e misericordioso. e Por que? O que eu penso, é que eram duas coisas, ou que Deus era um ser imaduro até porque não existia nada até ele criar, ou seja, sem experiência, mas isso seria muito estranho quando estamos falando de Deus, um ser personificado onipresente, a segunda coisa que pensava era que Reis ou Chefes religiosos da época usavam de seu nome para bens próprios, por isso Deus teria uma face tão malígna, mas então descobri que nada disso estava certo, deveríamos dar mais crédito ao significado escondido no livro, e que Deus é linha dura no velho testamento porque é uma analogia com a mente humana, quando somos crianças nossos pais devem nos impor sua realidade e como funciona o mundo, para aprendermos e vivermos em harmonia, e depois quando já somos evoluídos intelectualmente podemos conversar de igual para igual com nossos pais, e adquirir sabedoria deles, através da conversa não da obrigação.
Bem que, com mais estudos você vai notando que muita coisa que na origem de seus pensamentos são muito longe de um Real. Brigas celestes entre criatura e criador, criação em sete dias, ressuscitar mortos, andar sobre as águas e tudo mais. Existem perguntas intimas que não fazemos pra ninguém e ficamos martelando em nossa cabeça, até que algumas peças são apresentadas e vão se encaixando e ai, notamos a simbologia e palavras veladas que existem em textos, em ações, em tudo.
Assim como poucos sabem, mas o o Livro Salmos é um manual do Tarot.
Assim como poucos sabem, mas o o Livro Salmos é um manual do Tarot.
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